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No principio era a defesa. Minuto: 16′. Empatava-se a zero no estádio Emirates, em Londres. E era o Crystal Palace quem encostava o Arsenal à área. Insistiam os visitantes, voltavam a insistir, e não havia maneira de a bola chegar à área de Petr Čech — ou sair dali para fora.

Lucas Pérez (que até é avançado e pouco “amigo” de defender) recuou, recuperou a bola de carrinho à entrada da área, e logo que esta foi recuperada, logo Bellerín lançaria o Arsenal em contra-ataque. A bola chegou a Giroud — ainda antes no meio-campo defensivo dos da casa –, que a deixou de primeira em Xhaka, de Xhaka foi para Iwobi e de Iwobi para Alexis Sánchez. Sete toques. Tudo simples. Sánchez correu meio-campo fora. Giroud também. Chegado à esquina da área do Palace, e vindo da esquerda, Sánchez parou, esperou pelos seus, ergueu a cabeça, rodou-a em volta e, depois, avistado um dos seus, cruzaria para o primeiro poste.

Giroud foi o avistado e chegava à área. Estava “entalado” entre Flamini e Tomkins. E o cruzamento não foi bom. Não seguiu para a cabeça do francês, mas para trás, para as costas. Perdeu-se o contra-ataque ? “Pas de problème”, terá pensado o francês, que rapidamente levantou o pé esquerdo bem alto no ar e, de calcanhar, qual “escorpião”, rematou a bola para canto superior esquerdo da baliza de Hennessey.

Diz-se que é lá, naquele canto, que a coruja faz o ninho. Se o fez, deu-se mal e acordou assarapantada pelo golo memorável de Giroud.

Sim, foi memorável. Mas é tarde para o ser o golo da época, por tanto que esta só termine em maio. É que a FIFA pôs a votação no começo de dezembro os três golos (nenhum é, nem por sombras, melhor que o de Giroud) candidatos ao Prémio Puskas – a atribuir a 9 de janeiro –, que elege o melhor golo do ano. Assim sendo, Giroud terá que esperar por janeiro do próximo ano. Um ano inteiro à espera. Mas o golo que esta tarde fez ao Crystal Palace, logo no primeiro dia do novo ano, dificilmente não levará o “caneco”.

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