O consumo de eletricidade atingiu em 2016 o valor mais elevado dos últimos cinco anos, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais. No final de 2016, o consumo regista uma subida anual de 0,6%, crescimento que baixa para mais 0,4%, com correção de temperatura e dias úteis. Apesar deste aumento, 2010 mantém-se como o ano em que foram atingidos valores recorde.

Já apenas quanto a dezembro de 2016, o consumo de energia elétrica aumentou 3,3%, isto face ao mesmo mês do ano anterior, valor que, tendo em conta os efeitos de temperatura e número de dias úteis, registou um ligeiro decréscimo (-0,1%).

No conjunto de 2016 — a energia hídrica foi a principal fonte de geração de eletricidade — tendo a produtibilidade hidroelétrica atingido mesmo o segundo valor mais elevado de sempre desde que há registos (1971), isto apesar do final do ano muito seco.

A produção de energia renovável abasteceu mais de metade do consumo (cerca de 57%) em Portugal em 2016 e ainda houve exportações. A produção renovável distribuiu-se entre energia hidráulica (28%), eólica (22%), biomassa (5%) e fotovoltaica (1,4%).

Já a produção não renovável abasteceu 43% do consumo, repartida entre carvão e gás natural. Quanto às exportações, no total de 2016, foi exportado o equivalente a 10% do consumo nacional.

No gás natural, no ano passado, o consumo cresceu 6,9%, tendo atingido o valor mais elevado desde 2011. O recorde no consumo de gás natural foi registado em 2010. Apenas em dezembro de 2016, o consumo de gás natural cresceu 28% face ao mesmo mês de 2015.

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