O termo está bastante na moda. Hackathon, que se assemelha a uma maratona, não precisa, no entanto, que os participantes tenham ténis dispendiosos, façam uma dieta rigorosa ou um treino intensivo pelas ruas da cidade. Precisa, isso sim, que tenham um cérebro ativo, dinâmico, inovador e talentoso. Hackathon é, realmente, uma maratona, mas para programadores e talentos do mundo tecnológico.

A EDP, juntamente com a Microsoft, resolveu promover um hackathon em Lisboa para descobrir quais os melhores hackers. O objetivo é claro: desenvolver cenários de inovação que possam promover novos projetos empresariais, focados na Internet das Coisas (IoT), especificamente em torno de novas abordagens tecnológicas com Smart Meters, os denominados Contadores Inteligentes.

Estes contadores são dispositivos que basicamente registam o consumo de energia nas residências ou empresas dos clientes e, em seguida, comunica essas informações à EDP.

Mas vamos por partes. Quem pode participar nesta maratona? Basicamente todos, desde que tenham competências nesta área, claro está, mas podem ser indivíduos ou startups. No entanto, a participação no denominado “EDP IoT Hackathon” só será efetivada com equipas compostas, no mínimo, por dois e, no máximo, três elementos que deverão ter, obrigatoriamente, mais de 18 anos.

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O prazo de candidatura começou a 14 de dezembro, mas apenas termina a 1 de fevereiro. De entre as equipas candidatas serão escolhidas no máximo 20 que darão corpo e alma ao evento que começa oficialmente a 8 de fevereiro e termina a 24, ou seja, quinze dias de maratonas tecnológica.

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Neste périplo, as equipas terão de abordar os desafios técnicos que dizem respeito à transmissão e processamento de dados de medidores inteligentes num cenário de IoT. Os medidores inteligentes incluem uma interface de rede doméstica (HAN) que pode ser usada para ler dados do medidor inteligente.

O hackathon consiste então em dois estágios. O desafio da fase 1 é usar hardware de terceiros para adquirir dados da interface HAN em intervalos de 15 minutos, transmiti-los através de um canal de comunicação de banda ultra estreita e armazená-lo na nuvem.

A fase 2 é desenvolver uma página de internet, ou uma aplicação móvel, juntamente com algoritmos de análise que possibilite a visualização dos dados recolhidos e a extração de qualquer informação importante desses dados.

Em suma, a primeira fase será mais focada no hardware e a segunda no software, envolvendo o uso o protocolo de mensagens Sigfox, a integração da solução com as ferramentas da Microsoft Azure e o desenvolvimento de um produto utilizável.

As soluções implementadas serão analisadas por um júri, que avaliará cada solução de acordo com a sua integridade, eficiência, eficácia e qualidade de projeto.

Claro que para que tudo isto fosse possível, durante dois meses uma equipa composta por elementos da EDP Inovação, EDP Starter, EDP Labelec, EDP FabLab e Microsoft trabalharam no protótipo de um dispositivo e no software, tecnologias que será agora a fundação desta Hackathon onde a EDP e a Microsoft esperam trazer jovens empresas startups a inovar por cima do trabalho já desenvolvido, criando um quadro para a inovação aberta.

Para cativar essa inovação, há prémios. A equipa vencedora terá direito a um Microsoft Surface Pro 4 para cada elemento, enquanto os da equipa segunda classificada levarão para casa um Microsoft Lumia 640. A medalha de bronze receberá um Kit de IoT.

No regulamento vem ainda explícito que as equipas que demonstrarem ter alto potencial serão convidadas para fazer parte do EDP Starter Program em Portugal, Espanha ou Brasil.