A Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) divulgou, esta terça-feira, que o relatório McLaren apontou 200 nomes de atletas russos que serão verificados caso tentem competir como desportistas neutros a nível internacional em 2017.

Em comunicado, no qual especifica as diretrizes para que os atletas possam competir a título individual, a federação internacional indica que recebeu cerca de 200 nomes tidos como suspeitos dos investigadores que trabalharam no inquérito liderado por Richard McLaren.

Na mesma nota, a IAAF informa que endereçou à Federação russa de atletismo, quer em inglês, quer em russo, a lista de critérios que os atletas que queiram competir internacionalmente em 2017 têm de completar, já que a Rússia continua suspensa na sequência do relatório McLaren, que revelou um sistema de dopagem sistemático, alegadamente patrocinado pelo Estado russo, com o apoio ativo dos serviços secretos, de 2011 a 2015, em 30 desportos.

Uma das principais diretrizes impostas pela entidade é a demonstração, por parte dos desportistas, da ausência de implicação em práticas dopantes.

A IAAF vai indagar também sobre o possível envolvimento dos elementos da equipa técnica do desportista em violações ao código antidopagem, sobre o número e as circunstâncias em que foram recolhidas as amostras antidoping durante o período em análise, a existência de resultados analíticos adversos ou a reanálise de amostras anteriores.

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No que diz respeito aos requisitos de controlo, as diretrizes esclarecem que os atletas não têm necessariamente de ser testados fora da Rússia, mas estipulam que têm de estar integrados num programa acreditado, independente e inteiramente cumpridor do Código da Agência Mundial Antidopagem (AMA) durante um período suficientemente longo para que seja atestada a sua integridade”, pode ler-se na nota.

Neste lote estão já os atletas incluídos no sistema internacional de controlo da IAAF. Durante o ano que passou, a entidade acrescentou 30 atletas russos ao programa, que abrange neste momento 60 desportistas.

Os atletas russos foram dececionados pelo sistema que devia tê-los protegido”, defendeu o presidente da federação internacional, Sebastian Coe.

A decisão quanto à aptidão dos atletas para competir com um estatuto neutro será tomada por uma comissão criada para o efeito.