O ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, que foi chamado para comparecer perante a comissão de inquérito da Caixa Geral de Depósitos, não pode estar presencialmente no parlamento, pelo que vai responder por escrito às perguntas dos deputados.

Segundo a informação recolhida pela Lusa junto de fonte parlamentar, o atual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), que ia ser ouvido em meados de janeiro, invocou a indisponibilidade para se deslocar a Portugal, solicitando a possibilidade de responder por escrito às questões que lhe forem colocadas.

No final dos trabalhos desta terça-feira, após a audição de António de Sousa — antigo presidente do Conselho de Administração do banco público –, teve lugar uma reunião entre os coordenadores dos grupos parlamentares que integram esta comissão, que decorreu à porta fechada, e na qual foi aceite o pedido de Constâncio.

A extensão dos trabalhos desta comissão parlamentar de inquérito além do prazo estipulado também foi discutida, havendo abertura por parte dos vários partidos para que tal aconteça, de acordo com a mesma fonte. Isto, depois de ter havido já suspensões no prazo de 120 dias da comissão devido às férias parlamentares e à discussão do Orçamento do Estado para 2017. O período máximo para a conclusão dos trabalhos é de 180 dias.

A comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), imposta potestativamente por PSD e CDS-PP, tomou posse a 05 de julho na Assembleia da República, e debruça-se, por exemplo, sobre a gestão do banco público desde o ano 2000, abordando ainda os factos que levaram ao processo de recapitalização da CGD, que foi aprovado por Bruxelas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR