O consórcio europeu Arianespace anunciou, esta quarta-feira, que espera realizar este ano 12 lançamentos dos seus três tipos de foguetões, após os 11 feitos em 2016, todos bem-sucedidos e que conduziram a um recorde de fiabilidade do Ariane 5. Desses 12 lançamentos, sete serão efetuados com o Ariane 5: seis, para satélites geoestacionários e um para mais quatro satélites da constelação Galileu, precisou o consórcio em comunicado.

O Vega terá que pôr em órbita quatro satélites de observação da Terra com órbita heliossíncrona (entre os polos), e o foguetão russo Soyuz efetuará a partir da base de Kuru, na Guiana Francesa, duas missões para satélites dos operadores Hispasat e SES. No primeiro trimestre de 2018, o Arianespace e o Starsem deverão realizar um lançamento piloto para preparar o lançamento da constelação OneWeb.

O consórcio (participado em 74% pela filial comum Airbus e Safran) confirmou também os novos desenvolvimentos dos seus veículos espaciais, prevendo um voo inaugural para o Veja C em 2019 e para o Ariane 6 em 2020. No ano passado, o Ariane 5 (com sete lançamentos) conseguiu um recorde de 76 missões consecutivas bem-sucedidas desde 2003, com o que superou os 74 êxitos seguidos obtidos pelo Ariane 4. No mesmo ano, realizaram-se também duas missões do Vega (o que soma oito, desde a sua primeira descolagem, em 2012, da base da Guiana Francesa) e duas do Soyuz.

No total, foram colocados em órbita no ano passado 27 satélites, o que pressupõe uma carga injetada de 61,4 toneladas. De facto, dois dos lançamentos com o Ariane 5 constituíram recordes de carga, com mais de 10,7 toneladas de cada vez, o que significa mais 1,4 toneladas de carga máxima do que quando se iniciou o programa do Ariane 5 ECA.

Em 2016, o consórcio Arianespace assinou 13 contratos, dos quais nove para o Ariane 5, dois para o Veja e dois para o Soyuz, no valor de cerca de 1.100 milhões de euros. A carteira de pedidos da empresa europeia soma, ao todo, 5.200 milhões de euros por 55 lançamentos pendentes para 32 clientes.

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