Os diretores desportivos de FC Porto e Sporting teceram várias críticas ao desempenho da arbitragem. As queixas surgem depois dos jogos da Taça da Liga, onde ambos os clubes foram eliminados.
Os casos ocorreram nas noites de terça e quarta-feira à noite. O FC Porto defrontou o Moreirense, perdeu por 1-0 e acabou a jogar com 9, com especial destaque para a polémica que a expulsão de Danilo. A derrota ditou o afastamento do FC Porto da Taça CTT.
Já o Sporting defrontou o Vitória de Setúbal e perdeu por 2-1. Os leões ainda conseguiram empatar, mas um penálti assinalado a favor do Setúbal no último minuto do jogo (90+4) colocou o Sporting fora da eliminatória. A grande penalidade é a causa da polémica. Os clubes reagiram através dos seus diretores de comunicação – o FC Porto através de Francisco Marques, e o Sporting por Nuno Saraiva.
“Eminência parda”, foi assim que Francisco Marques apelidou a presença do Benfica na arbitragem portuguesa. O diretor desportivo do FC Porto, numa entrevista à TSF, criticou o panorama da arbitragem em Portugal, afirmando ainda que o Benfica está relacionado com os factos.
Jamais podemos dizer que os árbitros erram de propósito. Não é isso que estamos a dizer. O que estamos a dizer é que tem havido um número anormal de erros em prejuízo do FC Porto e isso é consequência de um caldo de cultura que foi criado nos últimos anos, que tem várias facetas, e uma delas relacionada com a arbitragem, e isto não tenhamos dúvidas que tem um pano de fundo por trás, uma eminência parda que se chama Benfica”.
Durante a entrevista, o diretor de comunicação dos ‘dragões’ afirmou ainda que os árbitros que cometessem erros considerados graves, na análise dos lances do jogo, deveriam ser afastados. “Só há uma forma de agir perante um árbitro que comete um erro grosseiro, é castiga-lo, retira-lo da competição.”
“Roubos de catedral”
Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting, reagiu logo na noite de quarta-feira ao jogo que opôs o Sporting ao Vitória de Setúbal e que acabou com os ânimos exaltados. No Facebook, o diretor desportivo dos ‘leões’ começa por dizer que o jogo foi “o cúmulo da falta de vergonha”. Recorreu de seguida às palavras de Jaime Pacheco para classificar o momento: “Não foi um roubo de igreja mas de catedral”.
À semelhança do diretor de comunicação do FC Porto, Nuno Saraiva também relaciona o Benfica às polémicas das arbitragens. No mesmo post pode ler-se: “Razão tinha o presidente do Benfica quando disse uma vez que para ganhar competições não precisava de ter uma boa equipa mas sim as pessoas certas nos lugares certos.”