O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu, esta quinta-feira, que os três ex-administradores da extinta empresa municipal Gaianima, de Vila Nova de Gaia, vão ser julgados pelos crimes de abuso de poder, peculato e infidelidade. Os factos remontam aos anos de 2011, 2012 e 2013 até à dissolução/liquidação daquela empresa.

Em 2014, uma auditoria externa à empresa municipal Gaianima, com um passivo de 14 milhões de euros, revelou casos de violação da lei dos compromissos e de desrespeito pelas regras de contratação pública, identificando como responsáveis Ricardo Almeida (presidente do Conselho de Administração), Angelino Ferreira (administrador) e João Vieira Pinto (administrador), que o TIC decide agora levar a julgamento.

“O que se afirma é que, no atual estado dos autos, com a prova indiciária recolhida em inquérito — mantendo a sua força persuasiva à míngua de impugnação dela por parte dos arguidos — se recorta com maior e mais acentuada probabilidade a condenação deles”, lê-se na decisão instrutória, lida hoje, e a que a Lusa teve acesso.

Em março de 2016, a Polícia Judiciária (PJ) realizou 24 buscas à Câmara de Gaia, empresas e domicílios, no âmbito de uma investigação ligada à gestão da antiga empresa municipal Gaianima, extinta em 2015.

A Gaianima geria eventos ligados à animação e equipamentos desportivos, mas foi extinta, tendo as suas instalações passado a albergar a Polícia Municipal.

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