Cerca de 150 ativistas muçulmanos, pertencentes a grupos islâmicos extremistas, que se manifestavam a favor da Lei da Blasfémia, foram na passada quarta-feira presos no Paquistão. Os indivíduos atacaram outras pessoas que faziam uma vigília em memória do governador morto, Salman Tasser.

Esta semana assinalou-se o aniversário do assassinato do governador da província de Punjab, Paquistão, morto a tiro pelo seu guarda-costas, Mumtaz Qadri, por defender publicamente a inocência de Asia Bibi, uma paquistanesa cristã condenada à morte por blasfémia, por ter feito comentários depreciativos sobre o Islão e por beber água de uma fonte. A mulher negou as acusações.

Qadri foi condenado à morte mas milhares de pessoas, no dia em que a sentença foi aplicada, saudaram-no como um “verdadeiro herói do Islão”, afirma a Fundação AIS. Mais tarde, o grupo islâmico sunita Sunni Threek pediu a condenação do filho do governador morto, Shaan Tasser, por blasfémia devido a uma mensagem de Natal partilhada no Facebook e destinada aos cristãos, a pedir orações para as vítimas da Lei da Blasfémia.

O tribunal decidiu adiar a decisão sobre o recurso à sentença de morte de Asia Bibi. Enquanto a paquistanesa aguarda, aumenta a pressão dos sectores radicais em defesa da Lei da Blasfémia, sinal do crescente fundamentalismo no Paquistão onde as minorias religiosas (como o cristianismo) são perseguidas.

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