O primeiro-ministro defendeu neste sábado uma reforma dos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas com o alargamento a potências emergentes, frisando que a Índia pode contar com o apoio de Portugal nesse objetivo político.

António Costa falava após os governos de Lisboa e de Deli terem assinado cinco memorandos de cooperação nas áreas da agricultura, da investigação de recursos oceânicos, das energias renováveis, das tecnologias de informação e cooperação universitária.

Na sua intervenção, que se seguiu à de Narendra Modi, o primeiro-ministro frisou que a Índia, enquanto potência do século XXI, “tem de possuir um novo papel na cena internacional”.

“Estamos certos que, sob a liderança do novo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, poderão ser enfrentados com maior sucesso os principais desafios que o mundo tem pela frente, desde as alterações climáticas, até à prevenção e combate ao terrorismo. Mas as Nações Unidas têm de ser o espelho do mundo de hoje, porque o mundo do presente já não é o do pós-guerra”, sustentou António Costa.

Nesse processo de reforma, o líder do executivo português advogou então a tese de que o mundo de hoje “exige a presença no Conselho de Segurança, como membros permanentes, de países como a Índia, o Brasil e de um grande país africano”. “A Índia pode contar com Portugal neste esforço conjunto para o reforço das relações multilaterais”, disse Costa, dirigindo-se a Modi.

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