O condutor do camião que atingiu um grupo de soldados na cidade de Jerusalém, em Israel, poderá ter ligações ao Estado Islâmico, revelou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

O autor do atentado, que vitimou quatro pessoas durante a manhã deste domingo em Jerusalém, foi identificado como sendo Fadi Qunbar, de 28 anos, residente no bairro árabe de Jabel Mukaber, em Jerusalém. Qunbar foi morto no local pelas autoridades, que entretanto detiveram outros nove suspeitos, cinco dos quais da sua família.

Segundo Netanyahu, que visitou o local do ataque este domingo, “todos os sinais indicam que ele é um apoiante do Estado Islâmico”. Uma versão que contraria o que foi dito à CNN pelo porta-voz da polícia de Israel, Micky Rosenfeld: “Não existem células ativas do ISIS aqui em Israel”.

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O ataque aconteceu durante a manhã deste domingo no bairro de Hanatziv. “Um grupo [de militares] estava a sair de um autocarro e a organizar-se com as suas bagagens quando o terrorista aproveitou a oportunidade para conduzir o seu camião em direção a ele”, contou Rosenfeld.

Fadi Qunbar terá feito inversão de marcha e tentado fugir, mas a polícia foi mais rápida. “O terrorista foi alvejado e morto no local”, afirmou o porta-voz da polícia israelita. Apesar disso, quatro militares morreram e outros dez ficaram feridos. Os feridos foram transportados para o hospital.

Em comunicado, o movimento palestiniano Hamas mostrou-se satisfeito com o ataque, qualificando-o como um ato “heroico” que encoraja outros palestinianos a fazerem o mesmo. Abdul-Latif Qanu, porta-voz do Hamas, definiu-o como o “escalar a resistência”, salientando que, apesar das tréguas recentes, a violência palestiniana ainda não terminou. “Pode ser silenciosa, pode demorar, mas nunca irá acabar”, salientou.