Estamos em 2017 apenas há duas semanas, mas parece que já passou uma eternidade desde que festejámos o ano novo, dadas as mortes de celebridades que já aconteceram este ano. Um pouco por todo o mundo desapareceram personalidades que deixaram a sua marca no mundo. Desde a política à medicina, passando pela música.

E se achou 2016 anormalmente mortal, prepare-se, porque 2017 vai ser pior. A garantia chega-nos nos EUA, concretamente do Instituto de Tecnologia de Massachussets, onde três investigadores, César Hidalgo, Cristian Jara e Cristian Candia-Castro, através de um estudo, mostram que o ano, que ainda só vai a meio da terceira semana, vai ser ainda mais trágico no que aos famosos diz respeito. Mais, os investigadores afirmam que a morte vai bater à porta de aproximadamente 197 personalidades. A verdade é que já há nomes para colocar na lista.

Em Portugal, por enquanto, a política é a mais fatigada com morte de Mário Soares – ex presidente da República e fundador do PS, e de Guilherme Pinto – presidente da Câmara Municipal de Matosinhos. O médico Daniel Serrão, ou ainda Cláudio Nunes, violoncelista da banda portuguesa Corvos também faleceram durante os primeiros dias de 2017. Lá fora foi Peter Sarstedt autor da famosa música “Where Do You Go To My Lovely“ morreu aos primeiros dias do ano e ainda Akbar Hashemi Rafsanjani, figura histórica da política iraniana.

No estudo, levado a cabo pelos três investigadores, podemos constatar a explicação, quase lógica, para o facto de 2017 vir a ser mais mortífero do que 2016 foi. Os mesmos afirmam, inclusive, “que muitas pessoas pensam que 2016 foi particularmente ruim”. No entanto o que aconteceu no ano passado não é uma exceção.

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“De facto, devemos esperar que mais pessoas famosas morram em 2017 do que em 2016. Porquê? A resposta é simples: porque o número de pessoas famosas aumentou ao longo do tempo”, pode ler-se no estudo publicado no site.

Além disso, as novas tecnologias têm ajudado muito para que mais famosos morram. Confuso? É simples, por exemplo em 2001 as tecnologias e a Internet não estavam tão avançadas. As redes sociais ainda não existiam e os smartphones ainda nem no papel estavam. Ora, tanto um como outro ajudaram a que além da divulgação das notícias aconteça muito mais rapidamente, a Internet trouxe novos famosos para as luzes da ribalta, por exemplo os youtubers, são hoje em dia tão conhecidos como um ator de cinema. E isso aumenta o leque de pessoas conhecidas pelo público, o que por sua vez provoca que a sua morte seja conhecida pela maioria.

O que distingue um famoso?

Os investigadores contam ainda como chegaram à conclusão de que alguém podia mesmo ser considerado famoso. Para o estudo, os investigadores precisaram de encontrar uma espécie de definição que pudesse colocar uma pessoa no leque dos famosos. Assim sendo, utilizaram a tática da notoriedade, por outras palavras, qual a dimensão do conhecimento da população em geral sobre um suposto famoso. Isso traduziu-se na quantidade de idiomas diferentes em que a informação sobre a pessoa existia na Internet. Depois de muita pesquisa, delimitaram que a partir de 20 idiomas diferentes, a pessoa já podia ser considerada famosa.