Foram presos em Roma, Itália, dois suspeitos de ataques cibernéticos ao presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e aos ex-primeiro-ministros italianos Matteo Renzi e Mario Monti. De acordo com o jornal norte-americano Politico, que teve acesso a uma cópia do documento do mandato de captura dos dois suspeitos, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e os antigos primeiro-ministros italianos, Matteo Renzi e Mario Monti, fazem parte de um conjunto de personalidades que foram vitimas de ataque cibernético.

Os suspeitos, Giulio Occhionero de 45 anos e Francesca Maria Occhionero de 47, são irmãos e estão a ser apontados pelas autoridades italianas, como os principais suspeitos dos ataques. Estão neste momento sob custódia das autoridades. Os irmãos Occhionero estão a ser acusados de criar “um centro de espionagem cibernética para monitorizar instituições, governos empresas profissionais e empresários”. O objetivo era conseguirem criar dossiês com informações de políticos, gerentes e banqueiros. Informações sobre segurança de Estado era a prioridade dos hackers sendo que as autoridades acreditam, ainda, que a informação obtida seria para vender depois.

Segundo o Politico, os dois suspeitos terão usado e-mails através da técnica de “phishing” para aceder aos dados privados. Além de Draghi, Renzi e Monti, também Fabrizio Saccomanni, ex-vice-governador do Banco da Itália, Piero Fassino, ex presidente da câmara de Turim, e vários membros de lojas maçónicas, viram as suas contas atacadas. Sabe-se também que o FBI vai integrar a investigação. Contactado pelo jornal norte-americano, o porta-voz do Banco Central Europeu recusou-se a comentar o sucedido, no entanto, uma fonte afirmou que “não há indicações de uma infração bem-sucedida a uma conta do BCE”.

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