Modelo que marcou o arranque comercial da divisão de luxo da Toyota, em 1990, o LS é, desde então, uma das propostas mais importantes da Lexus e aquela em que a marca estreia soluções e conceitos que mais tarde se estendem ao resto da sua oferta. E a nova geração desta berlina de luxo, a quinta do seu historial, acabada de revelar no Salão de Detroit, não deverá fugir à regra.

E mesmo se o novo LS apenas foi dado a conhecer numa versão V6 biturbo a gasolina, é fácil antever que, quando chegar à Europa, no início de 2018, nessa altura já deva contar também com uma variante híbrida. No fundo, à semelhança do que sucedeu com o coupé LC, estreado nos EUA com motor V8, e mostrado em Genebra já com motorização híbrida – resta saber se este derivativo do LS aparecerá já em Março, no Salão de Genebra, ou lá mais para o Outono, no Salão de Frankfurt.

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Desenvolvido de raiz e afirmando incorporar uma nova abordagem ao conceito do luxo, através de uma personalidade tão marcante quanto única, o LS promete ir mais além do que o esperado de um automóvel de topo, assim superando as expectativas dos clientes deste tipo de proposta. Visualmente, e também para cativar uma clientela mais jovem, a Lexus aposta numa silhueta ao estilo de um coupé de três volumes e quatro portas, marcada por formas ousadas, em que pontifica a nova linguagem de design da marca nipónica, que se pretende mais emocional e personalizada.

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Tendo por base uma versão alongada da nova plataforma global GA-L estreada pelo coupé LC (a mais rígida de sempre da Lexus, destinada aos seus modelos de tracção traseira mais possantes e construída, em boa parte, em alumínio), o novo LS tem 5.235 mm de comprimento, 1.900 mm de largura e 1.450 mm de altura. Face ao seu antecessor, é 90 kg mais leve e 15 mm mais baixo (a altura foi ainda reduzida 30 mm ao nível do capot, e 41 mm na zona da tampa da mala), ao passo que a distância entre eixos de 3.125 mm, a única disponível nesta nova geração do modelo (optimizando a repartição do peso e o centro de gravidade), é 35 mm superior à da versão longa do LS da actual geração. As jantes, de novo desenho, podem ser de 19” ou de 20”, estas últimas dotadas de acabamento brilhante obtido através de electrogalvanização por pulverização, todas dispondo (à excepção de uma) de câmaras ocas na respectiva estrutura para mitigar o ruído de rolamento.

Numa primeira fase, e tendo em conta que os EUA serão o seu principal mercado e que foi este o território eleito para a sua primeira aparição em público, o novo LS apenas é proposto com um motor a gasolina. No caso, um novo V6 de 3,5 litros, dotado de injecção directa e dois turbocompressores que incorporam tecnologia oriunda da F1, capaz de disponibilizar 421 cv e um binário máximo de 600 Nm, – um rendimento digno de um V8, capaz de lhe permitir cumprir os 0-100 km/h em 4,5 segundos (na versão de tracção integral).

A este bloco está acoplada a mesma caixa automática de 10 velocidades introduzida pelo LC 500, com patilhas no volante para comando manual em sequência e capaz de efectuar trocas de mudanças tão céleres quanto as de uma transmissão de dupla embraiagem. O funcionamento dos principais elementos mecânicos é ajustado em função dos três modos de condução passíveis de eleger pelo utilizador: Normal, Sport e Sport+.

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Crente de que os clientes deste segmento pretendem modelos cada vez mais ágeis, mas sem que tal coloque em causa atributos como o conforto ou a facilidade de condução, a Lexus apostou forte também no desempenho dinâmico do novo LS, nomeadamente por via de um evoluído sistema de controlo integrado de chassi. De seu nome VDIM (Vehicle Dyamics Integrated Management), gere todos os subsistemas do veículo (motor, transmissão, suspensão, travões e direcção), de forma a optimizar o controlo dos movimentos longitudinais, laterais e verticais da carroçaria, o respectivo rolamento em curva e a direccionabilidade. Do leque de trunfos do modelo fazem ainda parte as suspensões multilink com amortecimento pneumático, as barras estabilizadoras activas e a direcção às quatro rodas LDH (Lexus Dynamic Handling).

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Já no interior, o tecto panorâmico com abertura para o exterior potencia o espaço ao nível dos ombros. Os bancos dianteiros aquecidos, ventilados e com função de massagem são de novo desenho e oferecem 28 configurações de ajustes. Enquanto que os mostradores do painel de instrumentos foram colocados de forma a enfatizar a sensação de controlo do condutor sobre o veículo e o que o rodeia, sem necessidade de, para tal, ter que adaptar a sua posição.

Na secção traseira do habitáculo, um pack opcional permite que aí também se possa dispor de aquecimento, ventilação e massagem shiatsu nos bancos reguláveis electricamente, com o espaço para pernas a ser o mais generoso de sempre num LS. Este pacote inclui ainda a reclinação até 48° do banco traseiro situado atrás do passageiro que se senta à frente, e a sua elevação até 28° para facilitar a saída do respectivo ocupante do habitáculo. Pela primeira vez, o LS conta, igualmente, com uma função de acesso activada através da chave inteligente, que aumenta a altura ao solo e alarga o apoio lateral do banco para acolher o condutor.

Para um conforto a bordo de referência pretendem concorrer, ainda, a suave iluminação ambiente inspirada na iluminação tradicional japonesa, os apoios de braços “flutuantes” nas portas ou os acabamentos em madeira natural. Decisivo deverá ser, também, o reduzido nível de ruído a bordo, garantido por novos métodos de supressão activa de frequências através dos altifalantes do sistema de som.

Por fim, mas não menos importante, a segurança. Para além da mais recente geração do sistema Lexus Safety System+, que ajusta diversos componentes do veículo quando detecta a iminência de uma colisão, o LS estreia o primeiro sistema de detecção de peões com direcção activa. Um dispositivo capaz de, em caso de risco iminente de atropelamento, aplicar pressão nos travões e actuar sobre a direcção, por forma a contornar o peão sem sair da faixa de rodagem.