As políticas de proteção e o registo do número de nascimentos dos pandas em cativeiro, pelo governo chinês, fizeram com que o animal saísse da lista vermelha dos animais em perigo de extinção. O animal está agora catalogado como espécie “vulnerável”, dá conta o El País.
Para conseguir anular esses riscos, o país seguiu uma ambiciosa estratégia com duas vertentes. Por um lado, a conservação do habitat natural do animal (numa zona específica onde os pandas adultos vivem, em liberdade); por outro, um esforço em conservar a espécie a nível da reprodução controlada e registada. Desta forma, o número de pandas em liberdade aumentou 17% na última década, e estima-se que os animais em liberdade sejam o dobro do que havia sido contabilizado em 1980.
O El País falou com Li Jie, a responsável de Comunicação do Centro para a Investigação e para a Reprodução do Urso Panda, que afirmou que a reprodução entre os pandas não é fácil. Segundo a especialista, nem 5% dos animais que acasalam conseguem engravidar com sucesso. As fêmeas têm apenas uma janela de 24 a 72 horas de período fértil. Por estas razões, desde 1963 o método de reprodução é feito, em cativeiro, com inseminação artificial.
Depois do sucesso da inseminação, é só esperar que as crias sobrevivam. Caso não saiba, os pandas, quando nascem, pesam cerca de 100 gramas e têm uns poucos 15 centímetros de comprimento. São, portanto, muito delicados e qualquer bactéria pode facilmente mata-los.
Outras das situações que leva a que o panda tenha dificuldades em reproduzir-se é que, quando a fêmea engravida de gémeos, tem a tendência em focar-se apenas num, rejeitando o outro. Existe uma grande luta por sobrevivência que, por vezes, falha, em habitat natural.
Todos estes esforços traduziram-se num resultado positivo para a conservação da espécie. A salvação dos pandas tornou-se uma prioridade nacional, sendo que as florestas de bambu (planta que constituiu 90% da dieta dos animais) são fortemente protegidos., porque o seu desaparecimento era, também, uma das maiores ameaças.
