O advogado José Miguel Júdice diz que “não tem pés nem cabeça” a possibilidade de ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa pelo PSD. O Público noticia esta sexta-feira que o nome do ex-militante e ex-dirigente é um dos que está a ser ponderado para a autarquia da capital pelo partido, mas o visado recusa sequer a ideia de ter sido contactado. “Não sou candidato a coisa nenhuma”, afirmou Júdice ao Observador.

Parece que estão a atirar barro à parede, ou a a fazer um teste como às margarinas, mas se às margarinas não pedem autorização para fazer o teste, também a mim não me pediram”, ironiza o advogado.

“Ninguém sequer me contactou”, lamenta Júdice, acrescentando que nem lhe foi pedida autorização para ser usado o seu nome. E recorda uma história que garante nunca ter revelado: “Cheguei a ser sondado pelo PS para a Câmara de Cascais, há muito tempo, agradeci mass recusei e isso nunca foi divulgado, porque estava a lidar com uma pessoa educada”, conta José Miguel Júdice ao Observador”.

O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, que chegou a ser presidente da Frente Tejo, diz ao Observador que “não era agora, com esta idade, que ia ser candidato a um cargo político”. E remata: “Se tivesse 40 anos, podia ficar todo contente”, mas júdice diz que não é agora o caso. “Não preciso de protagonismo”, afirma.

O PSD continua sem ter um candidato à Câmara de Lisboa, depois de Pedro Santana Lopes ter quebrado o tabu e anunciado que não ia voltar a candidatar-se à autarquia. Esta semana, Luís Newton, presidente da junta da Estrela e um dos dirigentes da conselhia de Lisboa, escreveu um artigo no Observador a defender uma coligação e o apoio à líder do CDS, Assunção Cristas.

O coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, disse esta quinta-feira que as “novidades” a este respeito serão anunciadas no início de fevereiro e afirmou aos jornalistas que “não é provável que [o candidato do PSD] seja uma mulher”, acrescentando de seguida que “pode ser”. Com menos um nome na lista, quem será?

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