O primeiro-ministro são-tomense Patrice Trovoada viajou esta sexta-feira para o Mali para participar na cimeira África-França, que decorre até sábado na capital, Bamaco e destacou, à partida, o simbolismo do evento.

Em declarações à imprensa antes de viajar, Patrice Trovoada destacou o simbolismo da cimeira, recordando a intervenção militar francesa de há cinco anos, no Mali, serviu para bloquear o avanço dos ‘jihadistas” para Bamaco e ainda por ser a última a ser presidida pelo chefe de Estado francês, François Hollande.

“Será um momento importante para falarmos e ouvirmos o Presidente francês sobre aquilo que foi feito e o que terá ainda que ser feito no âmbito das relações entre França e o continente africano”, disse Patrice Trovoada.

Segundo o governante são-tomense, a cimeira de Bamaco vai discutir a essencialmente a questão de segurança marítima e sua implicação no desenvolvimento do continente africano e São Tomé e Príncipe vai expor o seu ponto vista sobre essa matéria.

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“A questão da defesa e segurança tem sobretudo a ver com a segurança marítima. Em outubro do ano passado, em Lomé, aderimos à Carta da União Africana sobre a segurança marítima”, salientou Patrice Trovoada.

“E temos estado a desenvolver os trabalhos nomeadamente em cooperação com os Estados Unidos, França, Portugal e Brasil e eu creio que haverá sempre ocasião para explicarmos qual é a nossa visão e a nossa estratégia em matéria de defesa e segurança marítima”, acrescentou.

Pelo menos 30 chefes de Estado e de governo, participam na cimeira, que decorre sob o lema “Parceria, Paz e Emergência”, num momento em que Paris insiste na necessidade da defesa africana e do respeito pelas regras constitucionais.

Os participantes no evento vão também debater as crises políticas latentes em África, nomeadamente na Gâmbia e na República Democrática do Congo (RDCongo), assim como a questão dos imigrantes africanos na Europa, fonte de frequentes tensões entre os países africanos e europeus.