O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, pediu esta segunda-feira à Comissão Europeia para criar um registo dos europeus que atravessam as fronteiras externas da União Europeia (UE), quer quando saem, quer quando entram.

Num comunicado divulgado no final de uma reunião com o comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, o governante francês apelou ainda para que aquela nova ferramenta seja criada “rapidamente”.

Há meses que o governo francês defende a existência daquele registo, sobretudo devido aos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris.

Vários dos terroristas responsáveis pelos ataques eram de nacionalidade francesa e tinham viajado para zonas de guerra na Síria e no Iraque.

“A segurança das fronteiras exteriores da UE é essencial para conseguir controlar o fluxo migratório e lutar eficazmente contra o terrorismo”, assinala o gabinete do primeiro-ministro.

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Cazeneuve defendeu também que sejam cumpridos os acordos realizados na União nos últimos anos, entre os quais o de redistribuição de refugiados entre todos os Estados membros.

“A França é o primeiro país a contribuir para o programa, tendo recebido até hoje mais de 30% das pessoas que se encontravam na Grécia e foram recolocadas”, indica o comunicado.

O chefe do governo francês pediu ainda uma reforma do direito de asilo europeu, que está a preparar com a Alemanha, e a aplicação dos acordos migratórios com cinco países de trânsito e de origem de migrantes: Mali, Senegal, Etiópia, Níger e Nigéria.