O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, manifestou, esta segunda-feira, a esperança de que os Estados Unidos mantenham o seu apoio à Ucrânia no conflito que a opõe à Rússia, independentemente da transição política na Casa Branca. “Apoiamos a eleição democrática do povo norte-americano e estamos prontos para uma cooperação frutífera com a nova administração. Espero que a questão ucraniana continue a ser uma prioridade” da política externa dos Estados Unidos, disse Poroshenko à imprensa depois de se reunir com o vice-presidente norte-americano, Joe Biden.

A Rússia “invadiu território da Ucrânia, ocupou parte do Donbass [o leste do país] e a Crimeia. A Crimeia faz parte da Ucrânia e agradecemos a clareza com que falaram sobre isso representantes da nova administração”, acrescentou.

Poroshenko aludia à audição de confirmação no Senado de Rex Tillerson, escolhido por Donald Trump para chefiar a diplomacia, que apesar de ser apontado por vários ‘media’ como alguém com ligações próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que “a Rússia invadiu a Ucrânia”, referindo especificamente a anexação da Crimeia.

Joe Biden reiterou por seu lado o apoio dos EUA às reformas políticas e económicas empreendidas por Kiev nos últimos dois anos e advertiu para a necessidade de colocar sempre os interesses do país acima de quaisquer outros. “Queria vir aqui uma última vez enquanto vice-presidente para frisar até que ponto o povo ucraniano fez progressos”, disse Biden.

“A Ucrânia, como qualquer país na Europa, tem o direito de definir o seu caminho. A Rússia parece negar essa escolha”, acrescentou, apelando à comunidade para “se manter unida em face da agressão russa”.

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