O presidente da UGT, Carlos Silva, vai reunir esta quinta-feira ao meio-dia com Pedro Passos Coelho, para tentar demover o líder do PSD de travar o acordo de concertação social no Parlamento. Ao Observador, o dirigente sindical diz que “a esperança é a última a morrer“, daí que “até dia 3 de fevereiro, a UGT faça tudo o que está ao seu alcance para defender o acordo de concertação social.”

Carlos Silva utiliza até uma metáfora futebolística para demonstrar como o seu trabalho será difícil: “Eu não sou sportinguista. Esses é que perdem todos os fins-de-semana e continuam a ter fé. Mas sou católico e acredito que é possível salvar o acordo“. O dirigente sindical revela ainda ao Observador que pediu também reuniões com CDS e PS, mas a reunião com o PSD acabou por ser a primeira a ser agendada.

Se o acordo for travado no Parlamento, será “uma machadada na concertação social” e é isso que Carlos Silva vai dizer a Passos Coelho. O líder da UGT lembra que o acordo foi atingido após os parceiros sociais terem “trabalhado arduamente” e que é justo que seja respeitado já que o “empenho no acordo de 2017, foi igual ao do acordo de 2012!. Ou seja: quando o PSD e o CDS eram Governo.

Carlos Silva admite que “a concertação social não se sobrepõe ao Parlamento”, mas não desiste de tentar “sensibilizar” o PSD para a importância de respeitar o acordo. Sobre os Trabalhadores Sociais Democratas (TSD), que fazem parte da UGT, Carlos Silva diz que não há divisões e que vai apresentar a posição de todos. Incluindo os TSD.

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