O músico e cantor António Zambujo vai atuar, na sexta-feira, no Cine Oriental, em Aljustrel, para “homenagear” o Alentejo e cantar alguns dos seus maiores sucessos, num “cruzamento” entre fado e cante alentejano, anunciado esta quinta-feira. Segundo a Câmara de Aljustrel, no distrito de Beja, o concerto de António Zambujo, o primeiro da programação deste ano do Cine Oriental, vai decorrer a partir das 22h.

O espetáculo, cofinanciado por fundos comunitários, integra-se na digressão que António Zambujo está a realizar e que inclui concertos em Portugal e no estrangeiro, refere a autarquia.

De acordo com a biografia do cantor, publicada no seu sítio oficial de Internet, António Zambujo nasceu em Beja, em 1975, cresceu a ouvir o cante alentejano e, ainda pequeno, deslumbrou-se com “as grandes vozes” do fado. António Zambujo teve uma “feliz infância musical” e começou a estudar clarinete “com apenas oito anos”, passou a adolescência a cantar em família e aos 16 anos ganhou um concurso de jovens fadistas. Já em Lisboa, para onde se mudou, António Zambujo conheceu os bastidores e segredos do fado, fez parte do elenco do Clube do Fado e participou no musical “Amália”, de Filipe La Féria.

Em 2002, editou o primeiro álbum “O Mesmo Fado”, seguindo-se, em 2004, o segundo, “Por Meu Cante”, um “cruzamento” entre o fado e o cante alentejano, que lhe valeu o prémio de Melhor Intérprete Masculino de Fado, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues. O terceiro álbum, “Outro Sentido”, editado em 2007 e no qual deu “largas à paixão” pela música do Brasil, permitiu-lhe edições na Europa e nos Estados Unidos da América e “um lugar autónomo” no “planeta” da “world music”.

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A “tendência” de António Zambujo para “a travessia do Atlântico” aprofundou-se no quarto álbum, “Guia”, lançado em 2010 e que inclui temas assinados por “novos valores” da música brasileira, mas também por autores portugueses.

O reconhecimento e a popularidade do cantor cresceram e António Zambujo atuou em países “improváveis”, como Azerbaijão, Israel ou Bulgária, o seu trabalho foi “aplaudido” pela crítica e confirmou-se como “valor acrescentado” em festivais em Portugal e no estrangeiro.

António Zambujo lançou o álbum “Quinto”, em 2012, e o sexto disco, “Rua da Emenda”, em 2014. No ano seguinte, em 2015, o cantor ganhou dois Globos de Ouro, um de Melhor Intérprete Individual e outro de Melhor Música, com “Pica do 7”, do álbum “Rua da Emenda”, e foi condecorado pelo Presidente da República com a comenda de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Em outubro de 2016, António Zambujo editou o sétimo álbum, “Até pensei que fosse minha”, no qual apresenta “uma visão muito pessoal” de 16 canções do brasileiro Chico Buarque, que considera “um dos maiores autores da língua portuguesa”.