A defesa de José Sócrates considera a constituição de arguido de Ricardo Salgado como um alegado ato de “desespero” de uma “investigação” que “visivelmente não sabe já o que fazer”. E rejeita que José Sócrates tenha sido alegadamente corrompido por Ricardo Salgado, como o Ministério Público suspeita.

“A esta nova suspeita, responde a defesa do Eng. José Sócrates da mesma forma que respondeu às outras: é falsa, injusta e absurda. Na verdade, não passa de mais um insulto como todas as anteriores. É uma falsidade que seja dono, que tenha tido acesso ou sequer conhecimento de qualquer conta bancária na Suíça, como claramente se encontra comprovado nos autos; e é também absolutamente falso que o seu Governo tenha tomado qualquer decisão visando beneficiar o Dr. Ricardo Salgado ou o Grupo Espírito Santo”.

Em comunicado enviado para as redações, os advogados Pedro Delille e João Araújo voltam a criticar o Ministério Público com os argumentos de sempre: a evolução da suspeitas de corrupção imputadas ao seu cliente José Sócrates.

“No início eram as suspeitas sobre o Grupo Lena, depois a Parque Escolar, depois Angola, depois Venezuela, depois Argélia, depois Vale do Lobo, para mergulhar agora nas ondas do Grupo Espírito Santo, na esperança de um milagre que lhe traga, finalmente, os factos e as provas que nunca teve, que desde sempre faltaram”, lê-se no comunicado.

“Ao passar de suspeita em suspeita, e daí para outras suspeitas que já nada têm a ver com as anteriores, o Ministério Publico confirma o que esta à vista de todos: prendeu sem factos e sem provas; fez imputações infundadas e insultuosas; transformou o que podia e devia ter sido uma investigação objetiva e sem preconceitos numa perseguição a um alvo, cuja motivação só pode ser encontrada no ódio pessoal e em razões políticas”.

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