O ministro da Saúde revelou, esta quinta-feira, no Parlamento, quanto custou repor as 35 horas e devolver salários aos trabalhadores da saúde em 2016. A primeira medida implicou um esforço orçamental de 19 milhões de euros, já a segunda custou 111 milhões aos cofres públicos. Adalberto Campos Fernandes, que esteve esta tarde no numa audição regimental, reiterou ainda que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) fechou o ano com o “melhor saldo” de sempre e que a dívida se mantem ao nível de 2015.

São “boas notícias”, na opinião de Adalberto Campos Fernandes: “Não nos enganámos 12 vezes entre o orçamento e a revisão”, mesmo com o arrastamento da dívida herdada pela anterior equipa, dirigida por Paulo Macedo, disse Adalberto Campos Fernandes, numa alusão às contas que o seu antecessor deixou. O ministro, tal como já tinha antecipado no final do ano passado, reiterou que o SNS fechou o ano com “o melhor saldo” de sempre.

Isabel Galriça Neto, do CDS, questionou-se sobre onde foram os cortes, para que tenha sido obtido este resultado. Ao que Adalberto Campos Fernandes respondeu que não se tratou de “nenhum milagre”, mas antes de “rigor e justiça social”.

E este resultado foi alcançado com uma maior produção em termos hospitalares e com maiores gastos com recursos humanos: um gasto extra de 171 milhões, mais do o valor previsto em março do ano passado — 139 milhões de euros. Desses, 111 milhões foram para a reposição salarial e 19 para o regresso às 35 horas.

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O ministro da Saúde reconheceu ainda que a dívida aos fornecedores se mantém nos níveis e com os prazos de pagamento de 2015. Adalberto Campos Fernandes falava em resposta à deputada Isabel Galriça Neto, do CDS, que questionou o ministro sobre a dívida do Serviço Nacional de Saúde.

Outra “boa notícia” levada pelo ministro ao debate foi o anúncio de que, em 2016, os médicos que solicitaram fim do exercício em Portugal, com vista à sua emigração, baixou para metade.

Ao nível dos investimentos, o ministro recordou a aposta do Executivo nas infraestruturas, com um valor de 40 milhões de euros que serão investidos em hospitais da zona de Lisboa e no Hospital Garcia de Orta, em Almada.