A Amnistia Internacional (AI) considerou que o Presidente dos Estados Unidos, que toma posse esta sexta-feira, tem de abandonar a “retórica do ódio” que pautou a sua campanha e comprometer-se na defesa dos “direitos humanos para todos”. Num comunicado divulgado no dia em que Donald Trump toma posse como o 45.º Presidente dos EUA, a AI exige que o chefe de Estado “proteja os que são afetados por conflitos armados e crises, e para garantir a proteção dos defensores dos direitos humanos”.

Margaret Huang, diretora executiva da AI, afirma que o mundo está “no meio de uma crise humanitária global, com mais pessoas a fugir da violência e das perturbações do que em qualquer outra altura desde a Segunda Guerra Mundial”.

A AI já por várias vezes mostrou a sua preocupação por algumas das propostas de Trump feitas durante a campanha, nomeadamente a criação de um registo para os muçulmanos e os “ataques inflamados contra mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBT, ativistas, jornalistas e críticos”, lembra o texto.

“Dizemos ao Presidente Trump: todos os dias no escritório, qualquer escolha que faça vai definir o seu legado; pode escolher deixar o mundo um sítio melhor, ou um sítio onde o ódio, o medo e a discriminação se fortalecem”, lê-se no comunicado.

O texto, divulgado esta sexta-feira à noite, deixa ainda críticas diretas a várias das escolhas para o novo executivo norte-americano, desde o secretário de Estado, Rex Tillerson, ao chefe da Agência Central de Inteligência, Mike Pompeo, passando pelo secretário da Defesa, o general James Mattis ou o da Segurança Interna, general John Kelly, entre outros, que a AI considera terem tido posturas que não ajudam a defender os direitos humanos.

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