Donald Trump foi este sábado à sede da CIA garantir que será o maior apoiante da comunidade das agências de informação e segurança e que lhes dará tanto apoio que estas agências até pedirão para ter menos, naquela que foi a sua primeira visita como Presidente dos Estados Unidos a uma entidade pública, aproveitando para atacar a comunicação social norte-americana por dizer que a sua tomada de posse teve uma audiência reduzida.

Depois de vários meses em que proferiu ataques contra as agências e onde se recusou a acreditar nas avaliações feitas por estas agências, em especial pela CIA, sobre a influência do governo russo nas eleições norte-americanas, Donald Trump levou à CIA uma mensagem de apoio.

Os ataques, disse, são coisa inventada pela “desonesta” comunicação social, a mesma que, queixou-se, mentiu ao dizer que estavam poucas pessoas na sua cerimónia de tomada de posse, na sexta-feira em Washington. Segundo Donald Trump, a culpa é das televisões que escolheram tirar imagens de locais que estavam vazios. Nas suas contas, terão estado entre um milhão e um milhão e meio de pessoas.

Mas o discurso era de apoio à comunidade. Donald Trump garantiu que “não há ninguém que acredite mais na comunidade que Donald Trump”, referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, e garantindo que terão todo o apoio que precisarem, até mais: “vocês vão ter tanto apoio que vão acabar por dizer ‘por favor, senhor Presidente, não nos dê tanto apoio”.

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Donald Trump disse ainda que é preciso eliminar o Estado Islâmico e que o “terrorismo radical islâmico tem de ser erradicado da face da terra”.

Trump não resistiu a defender mais uma vez a sua vitória nas urnas, dizendo perante a plateia, e com o mural onde são homenageados os agentes caídos em combate, que muitos dos militares votarem em si para Presidente dos EUA, e que até naquela sala provavelmente “uma grande parte” o havia escolhido.

Durante a campanha, o agora Presidente por várias vezes atacou as agências de informação durante a campanha, especialmente quando o tema era a Guerra do Iraque, mas os ataques foram especialmente duros quando surgiram notícias de que estas agências acreditavam com uma elevado grau de confiança que a Rússia tinha influenciado as eleições norte-americanas.

Os ataques, juntamente com algumas propostas de Trump (como o regresso do waterboarding e outras técnicas de interrogatório que são consideradas tortura) a defenderem que os agentes se podiam recusar a cumprir ordens do Presidente, uma das mais graves formas de protesto, e/ou começarem a abandonar as suas agências, o que poderia comprometer a segurança nacional dos EUA.