O navio com bandeira do Panamá que esteve encalhado este domingo na foz do rio Tejo, já foi retirado do banco de areia que impediu a sua entrada em Lisboa e está neste momento a ser conduzido até ao porto, onde deverá ser feita uma avaliação dos eventuais dados no casco, antes de ser autorizado a prosseguir viagem.

De acordo com o comandante do Porto de Lisboa, José Isabel, os técnicos a bordo conseguiram efetuar a “deslastragem do navio” mais cedo do se tinha previsto ao início da tarde e a maré terá ajudado a desencalhar o navio que ficou preso num banco de areia por volta das 14h, junto ao Forte de S. Lourenço do Bugio (frente a Oeiras). A deslatragem é o esvaziamento dos tanques no navio que normalmente estão cheios de água (lastro) para conferir mais estabilidade à embarcação durante a navegação. Nestes casos, o peso só atrapalha e os técnicos tiveram então que esvaziar os tanques para conseguir mover o navio.

Em declarações à RTP a partir do local onde decorre a operação, o comandante José Isabel disse ainda que “como o navio encalhou num banco de areia e não numa formação rochosa é menos provável que existam danos na sua estrutura”. Ainda assim, a embarcação não está a autorizada a seguir viagem e deverá seguir para o Porto de Lisboa onde será efetuada uma análise mais detalhada às condições do casco. O mesmo responsável garantiu, porém, que “não houve qualquer derramamento de combustível” no Rio Tejo.

O navio tem bandeira de conveniência do Panamá, não está carregado, e tem a bordo uma tripulação de 14 pessoas, entre as quais alguns portugueses, mas maioritariamente filipinos.

Artigo atualizado às 19h30, com novas informações sobre o navio que entretanto foi desencalhado.

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