A farmacêutica portuguesa Bial e o Estado português assinam, esta segunda-feira, na Trofa, Porto, um contrato de investimento no valor de 37,4 milhões para investigação científica nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular, informou a Bial. O contrato de investimento da Bial com o Estado estende-se até 2018 e vem na sequência do Governo ter aprovado benefícios fiscais para investimentos industriais aprovados em Conselho de Ministros em dezembro passado.

A receção está marcada para as 10h15, desta segunda-feira, com uma visita ao Centro de investigação e desenvolvimento da Trofa marcada para arrancar pelas 10h30, e conta com a presença do primeiro-ministro, António Costa, disse à agência Lusa fonte da farmacêutica portuguesa. “Os investimentos agora contratados destinam-se a incrementar a investigação e desenvolvimento da empresa nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular”, lê-se num comunicado enviado à Lusa.

No centro de I&D da Trofa estão cerca de 100 investigadores de nove nacionalidades a estudar e investigar novas soluções de tratamento naquelas duas áreas. A farmacêutica Bial desenvolve uma atividade de investigação, tendo sintetizado 12 mil moléculas nos últimos 25 anos e patenteado mais de 1300 marcas. A Bial detém os únicos medicamentos desenvolvidos em Portugal e estão em comercialização em dezenas de países.

O primeiro medicamento da empresa, um antiepilético – Zebinix -, está, esta segunda-feira, aprovado em 43 países, e é já comercializado em diversos países europeus e nos EUA. O segundo medicamento de investigação da Bial, para o tratamento da Doença de Parkinson – Ongentys -, está à venda no Reino Unido e na Alemanha, estimando-se que seja introduzido nos restantes países europeus ao longo deste ano, informa a empresa.

A cerimónia da assinatura do contrato de investimento entre a Bial e a entidade empresarial do Estado Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), surge no âmbito do sistema de incentivos à investigação e desenvolvimento do PT 2020 – fundos comunitários destinados a Portugal até 2020 – e conta com as intervenções do primeiro-ministro e do diretor executivo da Bial.

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