Com 3.900 unidades vendidas em Portugal desde o seu lançamento, o Q5 da primeira geração foi um dos mais populares veículos da sua classe no mercado nacional, e também o mais vendido em todo o mundo na sua categoria durante vários anos. Não espanta, por isso, que a Audi tenha como ambição, com a segunda geração do seu SUV de médio porte, voltar a ditar as leis num dos segmentos mais competitivos do mercado.

Já à disposição do público português, estando as primeiras entregas agendadas já para o início do próximo mês de Fevereiro, o novo Q5 começa por impor as suas linhas por demais eficientes (prova-o o Cx de 0,30) e cativantes. Claro que a aparência exterior é de imediato identificável quer com a marca dos quatro anéis, quer com o próprio Q5, mas nem por isso é menos actual ou sedutora – bem pelo contrário.

Com 4,66 m de comprimento, 1,89 m de largura, 1,66 m de altura e 2,82 m entre eixos, o Q5 cresceu em todos os sentidos, excepto em largura (que se mantém inalterada) face ao seu antecessor, o que se traduz em benefícios óbvios para a habitabilidade e para a capacidade da mala. Neste particular, refira-se que a volumetria da bagageira cresceu 10 litros face ao modelo anterior, para 510 litros, que podem chegar a 610 litros quando instalado o opcional banco traseiro com regulação longitudinal. Um máximo de 1.550 litros é atingido quando se rebate por completo o banco posterior.

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Ainda no habitáculo, há que contar com um estilo interior na linha do apresentado pelas mais recentes criações da casa de Ingolstadt, tão evoluído quanto sofisticado e elegante, e com uma qualidade de construção e materiais capazes de fazer jus aos seus pergaminhos nesta matéria. Junte-se a isto as muitas soluções de conectividade de vanguarda, ou uma dotação de dispositivos de segurança do mais completo que se pode encontrar a este nível: de série ou em opção, consoante as versões e níveis de equipamento, são propostos elementos como o cruise control adaptativo com assistente de engarrafamentos (permite dispensar a intervenção do condutor a velocidades de até 65 km/h) e a assistência de eficiência preditiva (com base em informações específicas, baseadas em dados da navegação, sugere ao condutor medidas para poupar combustível). Está igualmente disponível o assistente activo à manutenção na faixa rodagem, o alerta de colisão, o alerta tráfego pela traseira, a travagem automática emergência cidade, o assistente de estacionamento, o sistema de leitura de sinais de trânsito ou o HDC, conhecido como o controlo automático de descidas no fora de estrada (ver aqui todo o equipamento proposto de série ou como opcional).

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Dois quattro melhor do que um

Passando à mecânica, nesta fase de arranque de comercialização, o novo Q5 será proposto com três motores: 2.0 TDI de 150 cv e 320 Nm, 2.0 TDi de 190 cv e 400 Nm, e 2.0 TFSI de 252 cv e 370 Nm. Em Setembro chegará o 3.0-V6 TDi de 286 cv. Quanto às caixas de velocidades, a versão de 150 cv recorre a uma solução manual de seis relações substancialmente mais leve do que a anterior, o V6 à conhecida automática Tiptronic de oito velocidades. Já o 2.0 TDi de 190 cv e 2.0 TFSI fazem uso da revista caixa pilotada S tronic de dupla embraiagem e sete relações, que agora conta com as embraiagens dispostas axialmente, e não radialmente como até aqui acontecia, o que a torna mais leve e compacta.

Ainda no domínio da transmissão, importa sublinhar que a versão de acesso conta com tracção apenas dianteira, enquanto que as duas variantes de quatro cilindros mais potentes montam o sistema quattro Ultra, com embraiagem multidiscos central para repartir a potência entre os dois eixos (como na maioria dos modelos da marca dotados do sistema Haldex), a que se junta uma outra embraiagem, instalada no diferencial traseiro que, sempre que a tracção total não é necessária, permite desligar os respectivos elementos responsáveis por maiores perdas mecânicas, de forma a reduzir os consumos (uma solução desenvolvida em conjunto pela Audi e pela Magna). No caso do Q5 3.0-V6 TDI, a tracção total é assegurada por um sistema quattro convencional, diferente do utilizado pelas motorizações com menos força, com três diferenciais em vez de dois, sendo o central autoblocante. Em todos os Q5 da nova geração, o sistema de vectorização de binário faz parte do equipamento de série.

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Assente na plataforma MLB EVO, que lhe permitiu perder até 90 kg (dependendo da versão), o novo Q5 dispõe de suspensões de cinco braços em ambos os eixos, de série dotadas de amortecimento convencional. Em opção, estão disponíveis o sistema de amortecimento activo (que faz variar a respectiva firmeza em função da condução praticada e do modo de condução seleccionado pelo utilizador) e o sistema de amortecimento pneumático, em que não só varia a firmeza do amortecimento, como a altura ao solo, em cinco níveis distintos (o mais extremo garantido 231 mm de altura ao solo, o ideal para os amantes das incursões fora de estrada).

Disponível com 14 corres de carroçaria, e cinco níveis de equipamento (distribuídos pelas linhas Sport e Design, pelo pacote desportivo S line, pelo pacote design selection e pelo pacote exterior S line), o novo Audi Q5 é proposto em Portugal a partir dos 50.190€ pedidos pela versão 2.0 TDI de tracção à frente (ver preços aqui). A manter-se a tradição, a variante 2.0 TDI quattro S tronic de 190 cv será a mais popular entre nós, estado disponível desde 58.640€, ou seja, um valor inferior ao exigido pela versão equivalente do modelo da anterior geração. Quando ao 2.0 TFSI, os seus preços têm início nos 61.250€.