Sergey Mickaylovich Prokudin-Gorsy era um homem especial. Estudou nas grandes cidades do mundo, de São Peterburgo a Paris, ao lado dos mais importantes cientistas do mundo. Às pipetas e à química foi buscar a seiva da sua veia artística. E tornou-se num dos primeiros fotógrafos a captar imagens a cores através de um sistema inovador para o início do século XX. Com ele documentou o Império Russo em vésperas da I Guerra Mundial e da Revolução Russa de um modo nunca antes conseguido. Tudo graças a um talento que conquistou por completo o czar Nicolau II.

maquina usada

As técnicas pioneiras de Sergey Prokudin-Gorsy dependiam de uma câmara escura oferecida pelo czar e que o fotógrafo químico levava para todo o lado. Usava placas de vidro com 3×9 polegadas com as quais fazia três exposições em sucessão rápida com três filtros diferentes: um vermelho, um verde e um azul. Eram com eles que coloria os negativos monocromáticos. O processo valeu-lhe algumas das primeiras patentes relacionadas com a fotografia a cores.

Em 1905, o czar Nicolau II concedeu-lhe duas licenças que lhe permitiam ter acesso às áreas mais restritas do Império Russo. Fazendo uso dos avanços tecnológicos na área da fotografia, Sergey Prokudin-Gorsy iniciou um projeto para documentar o Império, desde a indústria ao quotidiano dos civis, aos monumentos e às paisagens, mostrando muita da sua cultura e História.

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Foi assim entre 1905 e 1915. Pouco depois, por altura da morte do czar, Sergey Prokudin-Gorsy abandonou definitivamente a Rússia e passou a viver primeiro na Noruega e depois em Inglaterra. Mais tarde mudou-se para Paris, França, onde viria a morrer em 1944. Quatro anos mais tarde, a Biblioteca do Congresso norte-americano encontrou o material fotográfico de Sergey Prokudin-Gorsy, já fragilizado, e digitalizou todas as imagens.

Trinta delas estão nesta fotogaleria.