O clube chinês de futebol Beijing Guoan foi comprado por uma construtora da China e passou a estar avaliado em 754 milhões de euros – quase três vezes mais do que o Benfica, o clube mais valioso de Portugal. O Sinobo Land pagou 3,56 mil milhões de yuan (481 milhões de euros), ao conglomerado estatal CITIC, por 64% do Guoan, segundo um comunicado publicado na quinta-feira pela bolsa de Hong Kong, que detalha que a CITIC mantém a participação de 36% e que o clube será rebatizado Beijing Sinobo Guoan.

O quinto classificado na Superliga chinesa passa assim a valer 5,5 mil milhões de yuan (754 milhões de euros), o equivalente a 2,6 vezes o valor do campeão português Benfica e mais do que os italianos do AC Milan, um dos clubes mais valiosos da Europa.

O Beijing Guoan não se sagra campeão desde 2009 e a melhor classificação que alcançou, desde então, foi o segundo lugar, em 2011, quando era treinado pelo português Jaime Pacheco. Com sede em Pequim, sede de um município com mais de 21 milhões de habitantes, o Guoan joga no Estádio dos Trabalhadores, ícone da arquitetura socialista da capital chinesa, erguido em 1959 para celebrar o 10.º aniversário da China comunista.

O país asiático está a tentar limitar o montante gasto com a contratação de jogadores estrangeiros, depois de em 2016 os clubes chineses terem gastado 460 milhões de euros, cerca de três vezes o montante despendido no ano anterior.

Os clubes chineses, detidos na sua maioria por grandes firmas privadas e estatais, bateram por seis vezes o recorde da transferência mais cara no país, culminando com a contratação do brasileiro Óscar, pelo Shanghai SIPG, agora treinado por André Villas-Boas, aos ingleses do Chelsea, por 60 milhões de euros.

No início do mês, o ministério do Desporto da China advertiu os clubes para os gastos “irresponsáveis”. Na semana passada, a Associação Chinesa de Futebol anunciou a redução do número de jogadores estrangeiros permitidos em campo por equipa de quatro para três. Empresas chinesas compraram também participações em alguns grandes clubes europeus, como o Atlético de Madrid, os ingleses do Manchester City, ou os ‘gigantes’ de Milão.

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