Moscovo afirmou esta terça-feira que o ensaio de míssil de médio alcance por Teerão não constitui uma violação da resolução da ONU sobre o programa nuclear iraniano. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, denunciou a reunião de emergência do Conselho de Segurança como uma tentativa de “envenenar a situação”. “A resolução 2231 do Conselho de Segurança não define qualquer proibição para o Irão de realizar estas ações e comporta apenas um apelo ao Irão para que não efetue ensaios de mísseis capazes de serem armados com uma ogiva nuclear”, disse à agência noticiosa russa Interfax. “Um apelo não é semelhante a uma proibição. Não é a mesma coisa”, acrescentou Riabkov.

O responsável russo lembrou que o acordo de julho de 2015 submetia o programa nuclear de Teerão a um “controlo internacional rigoroso”.

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de emergência na terça-feira, a pedido dos Estados Unidos, para debater este ensaio de míssil de médio alcance efetuado pelo Irão.

Riabkov denunciou esta iniciativa como uma tentativa de “envenenar a situação e utilizá-la para alcançar fins políticos”.

O Irão afirmou que os seus mísseis nunca seriam armados com ogivas nucleares e garantiu não ter a intenção de desenvolver um programa de armas nucleares. Mas responsáveis militares iranianos declararam pretender um desenvolvimento do programa de mísseis do país.

O acordo sobre o programa nuclear iraniano, concluído em 2015 com o Reino Unido, Estados Unidos, China, França, Rússia e Alemanha, impõe restrições ao desenvolvimento nuclear em troca do levantamento de sanções.

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