A nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), liderada por Paulo Macedo, entra esta quarta-feira em funções, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter dado a necessária luz verde aos membros que a integram na semana passada. A nova equipa de gestão do banco público é composta por oito elementos, dos quais apenas uma é mulher, tem o ex-ministro da Saúde Paulo Macedo como presidente da Comissão Executiva e Rui Vilar como presidente do Conselho de Administração.

Francisco Cary (que já renunciou ao cargo de vogal do Conselho de Administração do Novo Banco), João Tudela Martins (que integrava a equipa de António Domingues), José de Brito (quadro da Caixa), José João Guilherme (ex-administrador do Novo Banco), Maria João Carioca (antiga presidente da bolsa de Lisboa) e Nuno de Carvalho Martins (que sai do gabinete do secretário de Estado do Tesouro e Finanças) completam a lista de nomes propostos pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que Frankfurt já aprovou.

Na passada quarta-feira, em comunicado, a tutela referiu ainda que serão “submetidos ao BCE e sujeitos ao processo de avaliação de idoneidade e adequação os administradores não executivos”. O Governo socialista de António Costa tomou posse no final de 2015 quando o banco público era liderado por José de Matos, que o executivo quis substituir logo no início de 2016, mas cujo mandato se prolongou até final de agosto passado (apesar da saída de vários administradores) enquanto decorriam as negociações com as instituições europeias relativas ao processo de recapitalização e ao plano de negócios.

A administração de António Domingues entraria em funções no final de agosto, mas surgiram várias questões, sobretudo em torno da exceção ao estatuto do gestor público que permitia que as declarações de património e rendimento dos novos administradores não fossem públicas, que levaram à saída da maioria dessa equipa em dezembro.

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