Ficção

No dia 1 de fevereiro chega às livrarias o romance de estreia de Gavriel Savir, Anna e o Homem Andorinha, “uma história sobre a perda da inocência perante a tragédia”. Pela Suma de Letras. A Quetzal vai lançar no final do mês Coração mais que perfeito, de Sérgio Godinho (o livro será apresentado no Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim).

A Companhia de Letras vai editar o primeiro livro de Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo. Inédito em Portugal, reúne 55 poemas escritos entre 1943 e 1945 no decurso da Segunda Guerra Mundial — o olhar de um dos mais importantes poetas brasileiros sobre um momento de transformação profunda, na Europa e no Brasil. Pela mesma editora sairá ainda Menina a Caminho, do brasileiro Raduan Nassar. Este é o primeiro trabalho de ficção de Nassar, vencedor do Prémio Camões em 2016, e inclui dois contos e um ensaio nunca antes publicados.

A Antígona vai lançar O Norte e Outros Contos, um conjunto de histórias curtas de Evgueni Zamiatine traduzidos diretamente do russo por Nina e Filipe Guerra. A coletânea — precedida do texto “Carta a Estaline” — inclui alguns dos melhores contos do autor de Nós, como “O Dragão”, “O Norte”, “O Xis”, “A Caverna” e “Inundação”, ordenados cronologicamente.

A Elsinore vai estrear-se na ficção portuguesa com A Avó e a Neve Russa, de João Reis, a história da peregrinação de um neto pelo Canadá e dos Estados Unidos da América para encontrar uma cura para os “pulmões destruídos” da avó bielorrussa, sobrevivente do desastre de Chernobyl. A Avó e a Neve Russa é o primeiro romance do tradutor de línguas nórdicas e resultou de uma residência literária em Montreal, no Canadá.

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Na Relógio d’Água, a lista de lançamentos em fevereiro será (como sempre) extensa : Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, A Ilha do Doutor Moreau, de H. G. Wells, A Ideia de Europa e George Steiner na New Yorker, de George Steiner, A Associação das Pequenas Bombas, de Karan Mahajan, Não Digas Que não Temos Nada, de Madeleine Thien, Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, e A Travessia da Noite, de Bernardo Pinto de Almeida.

Uma das novidades deste ano da Relógio d’Água é uma nova coleção dedicada a autores chineses contemporâneos, traduzidos da língua original. O primeiro livro, Crónicas de Um Vendedor de Sangue, de Yu Hua, sai também em fevereiro. Pela Ítaca, sairá Cartas de amor e de guerra, de Mikhail Chichkin, um dos principais candidatos ao Prémio Nobel da Literatura.

Pela Bertrand sairá Shylock é o meu nome, uma versão de O Mercador de Veneza contada por Howard Jacobson, e pela Dom Quixote Os Naufrágios de Camões, de Mário Cláudio, Autópsia de Um Mar de Ruínas, de João de Melo, A Casa das Belas Adormecidas, de Yasunari Kawabata, e uma reedição de O Jogo das Contas de Vidro, do Prémio Nobel da Literatura Hermann Hesse.

A Tinta-da-China vai publicar O Último Amante, um romance de Teresa Veiga, Carnaval no Fogo, de Ruy Castro, e Como Fernando Pessoa Pode Mudar a Sua Vida, o novo volume da “Coleção Pessoa” assinado por Jerónimo Pizarro e Carlos Pittella.

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Na Porto Editora, o mês vai começar com três reedições: O livro grande de Tebas, Navio e Mariana, o primeiro romance de Mário de Carvalho, e Caim e Cadernos de Lanzarote — Diário III, de José Saramago. Ainda em fevereiro, serão editados os romances Um lugar chamado Angola, de Karla Suárez, que narra o impacto que a participação de Cuba na guerra de Angola teve nos cubanos nascidos sob o signo da Revolução, Céus Negros, do espanhol Ignacio del Valle, e ainda Pátria ou Morte, de Alberto Barrera Tyzska.

Pela Assírio & Alvim irá sair O Conquistador, de Almeida Faria, e Memórias da Casa da China e de Outras Visitas, o terceiro livro de poesia de Manuel Afonso Costa, marcado por um fascínio, estranheza e encantamento do autor por Macau, onde vive há vários anos. A Livros do Brasil irá acrescentar mais um título à Coleção Vampiro: O grande mistério de Bow, o único romance policial de Israel Zangwill.

A Sextante vai publicar Ei-los Que Partem, um romance de Júlia Nery sobre a nova geração de emigrantes portugueses. O livro vai ser apresentado no Correntes d’Escritas, o festival literário da Póvoa de Varzim.

Não-ficção

A Objetiva vai lançar a 1 de fevereiro Lágrimas de Sal, do médico Pietro Bartolo e da jornalista Lidia Tilotta. Esta é a história de refugiados como Yasmin, Anwar, Omar e Samar, e da sua travessia até à Europa, contada por quem a viveu de perto. No mesmo dia, a editora Planeta vai publicar O que faria eu se estivesse no meu lugar — 10 conversas de vida com António Lobo Antunes, de Celso Filipe, e, no dia 15 de fevereiro, O Evangelho de Maria, do Papa Francisco.

A Quetzal vai editar A obsessão da portugalidade, de Onésimo Teotónio Almeida (3 de fevereiro), e A Flor Amarela, uma exploração das Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis de Anabela Mota Ribeiro (24 de fevereiro). No dia 10 de fevereiro, chega às livrarias Por uma sociedade de aprendizagem, de Joseph Stiglitz, um livro para repensar crescimento, o desenvolvimento e o comércio livre. Pela Bertrand.

A Oficina do Livro vai editar em fevereiro a biografia do jornalista José Milhazes. A Minha Aventura no País dos Sovietes conta a história do homem que quis ser padre e que saiu da Póvoa de Varzim em 1977 para estudar História em Moscovo, acabando por passar lá os últimos 40 anos, acompanhando a passagem da URSS à Rússia de Vladimir Putin.

Pela Casa das Letras vai sair Os Flechas, a tropa da PIDE-DGS na Guerra de Angola, um livro de Fernando Cavaleiro Ângelo que conta pela primeira vez a história da força paramilitar criada em 1967, seis anos depois do início da guerra em Angola.

No ano em que se assinala o centenário das Aparições de Fátima, a Temas & Debates vai lançar A Senhora de Maio — Todas as perguntas sobre a Fátima, de António Marujo e Rui Paulo da Cruz. Trata-se de “um livro revelador”, nas palavras da editora, que reúne vários depoimentos, procurando “despertar uma visão o mais completa e abrangente possível sobre um fenómeno controverso e complexo”. Nas livrarias a partir de 3 de fevereiro. Ainda pela Temas & Debates, sairá Liberdade de Expressão, de Timothy Garton Ash, e Lenine no Comboio, de Catherine Merridale.

A Contraponto vai publicar Para lá da geringonça, de André Freire. Prefaciado pelo primeiro-ministro, António Costa, o livro procura responder” a questões fundamentais para entender o processo que levou à criação da “geringonça” e dá conta do modo como ela pode, na verdade, funcionar”. À venda a partir de 10 de fevereiro.

Pela Presença irá sair Camões e Outros Contemporâneos, 24 ensaios de Helder Macedo sobre alguns dos maiores nomes da literatura portuguesa, e A Explosão do Populismo, um livro de John B. Judis sobre as consequências da Grande Recessão na política norte-americana e europeia.

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A Dom Quixote vai publicar Dias Comuns VIII — Livro das Insónias Sem Mestre, de José Gomes Ferreira. Este oitavo volume do diário do escritor, que começou a ser publicado em 1990, cinco anos após a sua morte, corresponde ao período de 17 de Agosto de 1969 a 31 de Janeiro de 1970, durante o qual escreveu o livro de contos Tempo Escandinavo.

Infanto-juventil

A Orfeu Negro Mini tem dois lançamentos agendados para fevereiro: Aquário, de Cynthia Alonso, e O Piolho Sabe Que, de Mathis e Aurore Petit. O primeiro é o livro de estreia da argentina Cynthia Alonso e conta a história de uma menina apaixonada pelo mar; o segundo fala de um piolho que pensa que sabe tudo mas que, na verdade, não sabe nada.

Para o início de fevereiro, uma das apostas da Presença é a publicação em português do guião do filme Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, a primeira prequela de Harry Potter. Escrito por J.K. Rowling, autora da saga do jovem feiticeiro, o guião marca a estreia da escritora britânica como argumentista. Uma versão digital, em português, ficará disponível na plataforma Pottermore também a partir deste mês.

De forma a assinalar os dez anos da famosa Coleção Cherub, do britânico Robert Muchamore, ex-detetive privado, a Porto Editora decidiu reeditar os 12 títulos da série. Para este ano, a editora tem ainda planeado a organização de uma série de iniciativas relacionadas com a coleção, que serão anunciadas atempadamente.