A Daimler fechou o ano de 2016 com um lucro operacional de 12.900 milhões de euros, ou seja, um pouco abaixo dos 13.200 milhões do exercício de 2015. E é esta a razão que explica o facto de os seus trabalhadores, na Alemanha, receberem este ano um pouco menos do que receberam o ano passado.

Em 2016, face aos bons resultados de 2015, a gratificação foi de 5.650€, mas em 2017 o bónus está 250€ mais “leve”, com cada um dos funcionários do Grupo – que inclui as marcas Mercedes e Smart – a levarem para casa um “estímulo” de até 5.400€, verba que receberão juntamente com o pagamento do salário no mês de Abril.

O montante em questão é, segundo o comunicado hoje emitido pela Daimler, o segundo mais elevado na história de bónus da companhia, que cultiva a política de premiar os seus trabalhadores, em face de bons resultados, desde 1997. O bónus que vai ser dado a cada colaborador na Alemanha é atribuído, mediante acordo entre o conselho de administração e o conselho-geral dos trabalhadores, a cerca de 130 mil funcionários.

Os trabalhadores são a chave do nosso êxito e da nossa performance em 2016. Uma força de trabalho empenhada e muito bem treinada é essencial para o nosso sucesso a longo prazo enquanto companhia. O bónus é a nossa forma de agradecer aos nossos empregados pela sua dedicação e pelo seu excepcional desempenho”, declara o responsável pelos Recursos Humanos da Daimler, Wilfried Porth, na nota hoje disponibilizada à imprensa.

Porém, o que recebem os restantes cerca de 150 mil trabalhadores (em 2016, globalmente, o Grupo Daimler empregava 282.488 pessoas) que se encontram espalhados por esse mundo fora? Nomeadamente, os 665 que, em Portugal, se encontram ao serviço do grupo (Mercedes, Smart, Finantial Services e Fuso)?

Ao que o Observador apurou, estes funcionários também receberão uma gratificação em Abril, cujo valor é apurado conforme a avaliação de cada empregado e os resultados operacionais no país. Sendo certo que em Portugal, tal como na Alemanha, a Mercedes foi a marca premium mais vendida – o mesmo acontecendo noutros mercados, como Itália, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Taiwan, Estados Unidos da América e Canadá.

Instado a avançar um intervalo de valores passível de enquadrar a gratificação que os funcionários do Grupo Daimler poderão receber no nosso país, o porta-voz da Mercedes-Benz Portugal, André Silveira, adiantou que esses números não costumam ser tornados públicos.

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