O Governo acusou o toque e, em comunicado, reagiu às críticas do PSD de “falta de investimento” na operação da TAP no Porto. “Foi precisamente durante o Governo liderado por esse partido que a TAP perdeu passageiros no Porto”, lembra o ministério do Planeamento e Infraestruturas (MPI).

O último capítulo da novela TAP nasceu de uma notícia do JN que concluía que, em certos casos, as viagens para Lisboa ficavam mais baratas com partida de Vigo, Espanha, que do Porto — numa diferença que podia chegar às centenas de euros. O PSD/Porto veio a público acusar o Governo de desinvestimento na operação a norte da companhia aérea e, no mesmo dia, o ministério de Pedro Marques deu a resposta: “O número de passageiros transportados pela TAP, em 2016, no aeroporto do Porto cresceu 1,8%, o que levou a empresa a subir da terceira para a segunda posição no ranking das transportadoras aéreas a operar naquele aeroporto”.

Um número registado depois de dois anos de queda no número de passageiros no Aeroporto Sá Carneiro, sobretudo em 2015: menos 0,2% em 2014, e menos 5% em 2015. “São, por isso, de uma total falta de pudor as declarações produzidas hoje pelo PSD, sobre uma alegada falta de investimento da companhia naquela infraestrutura, quando foi precisamente durante o Governo liderado por esse partido que a TAP perdeu passageiros no Porto”, refere o comunicado divulgado esta quinta-feira.

“Para o sucesso da atual operação da TAP no Porto muito contribuiu a Ponte Aérea (Porto-Lisboa-Porto, com voos a todas as horas), lançada em março de 2016, e que regista um crescimento de 80% face às ligações entre as duas cidades no ano anterior. É igualmente relevante que 73% dos bilhetes para a Ponte Aérea sejam vendidos pela TAP no Centro e Sul do País, enquanto apenas 27% são vendidos no Porto”, conclui o comunicado.

Mas não foi só o PSD. Os próprios deputados do PS/Porto pediram ao MPI resposta a questões suscitadas com a notícia do JN. No texto que lançava as cinco questões sobre a operação a norte, os deputados do PS/Porto referiam que “não só a TAP decidiu concentrar a maioria dos voos intercontinentais em Lisboa, eliminando essas opções no Porto, como fomenta a sua escala de procura em Vigo”.

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