Foi um dia normal na vida do Presidente dos EUA. Donald Trump acordou, pegou no telemóvel e começou a disparar farpas na sua conta Twitter: contra o “suposto juiz” que suspendeu a ordem executiva contra a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana e em defesa da lei e da segurança.

Foram três tweets em dez minutos, no rescaldo da decisão judicial que deitou por terra (apenas de forma temporária, para já) o bloqueio contra a entrada de pessoas vindas do Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen. Trump reclama a autoridade dos EUA para escolher que pessoas acolhem ou não acolhem.

Na primeira publicação, Trump diz que “quando um país deixa de poder dizer quem pode e quem não pode entrar e sair [do seu território], sobretudo por razões de segurança – grandes sarilhos!”.

Poucos minutos depois, Trump ironizava com um suposto apoio de “certos países do Médio Oriente [que estão de] acordo com o bloqueio”. Não especifica quais. A única posição conhecida, até agora, é a do Irão. Depois da assinatura da ordem executiva, a 27 de janeiro, Teerão disse que tomaria “medidas recíprocas” contra os EUA, em resposta a ter sido negada a entrada de cidadãos iranianos nos Estados Unidos.

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E vão três. Depois das críticas à suspensão da sua ordem executiva, Trump focou a atenção no homem que possibilitou a reabertura de fronteiras, possibilitando que milhares de cidadãos dos países visados na medida do Presidente norte-americano entrassem nos EUA.

Trump questiona a legitimidade de James Baron — refere-se ao juiz federal como um “suposto juiz” — e ataca a decisão de suspender a sua ordem executiva. “É ridícula e será revertida!”, garante.