A exposição “Dimensões Variáveis”, com obras de 40 artistas sobre a relação entre arte e arquitetura, e “Arquivo e Democracia”, com fotografias de José Maçãs de Carvalho, inaugura terça-feira no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa.

No âmbito da programação da Central 1 e 2 do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia para este ano, são inauguradas na terça-feira, às 19h00, estas duas novas exposições, e abrem ao público no dia seguinte.

“Dimensões Variáveis”, com curadoria de Gregory Lang & Inês Grosso, vai propor “um novo olhar e novos diálogos sobre a relação entre artistas e arquitetura”, com obras de mais de 40 artistas e arquitetos portugueses e estrangeiros.

“Dimensões Variáveis” é um termo descritivo “utilizado nas legendas de obras de arte, especialmente no campo da arte contemporânea, mas de uso raro no domínio da arquitetura, no qual as dimensões são construídas, logo definidas, por natureza”.

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Organizada por núcleos temáticos, cobre temas como a relação entre a cidade contemporânea e a arquitetura, a virtualização das relações sociais urbanas, dimensões do habitar e problematização da casa e do espaço doméstico, utopias arquitetónicas e modernistas, e trabalhos que se relacionam diretamente com ideias de escala, dimensões e instrumentos e sistemas de medição.

“José Maçãs de Carvalho. Arquivo e Democracia”, com curadoria de Ana Rito, reúne trabalhos fotográficos e videográficos da obra do fotógrafo num projeto desenvolvido no oriente.

A exposição documenta um acontecimento protagonizado por uma comunidade de empregadas domésticas filipinas, que se reúnem nas ruas do centro de Hong Kong, habitando-as como se de uma casa ou um quarto se tratasse, fazendo coincidir o espaço público com o espaço privado.

“As filipinas são imigrantes e ocupam o último lugar da pirâmide social de Hong Kong. São as empregadas domésticas dos chineses, ganham miseravelmente e não podem, nem em grupo, alugar quartos. Por isso dormem nas casas onde trabalham, nas cozinhas, em camas desmontáveis. Têm um dia de folga que é o domingo e invadem, literalmente, o centro da cidade”, explica o artista numa nota sobre a exposição.

Ambas as exposições ficam patentes até 22 de maio no MAAT.