A ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, reiterou, numa entrevista ao DN e à TSF, a preferência do Governo pela venda do Novo Banco, de forma a garantir “o mínimo impacto possível na dívida pública”.

“Se houver uma mudança da proposta, exatamente, que garanta que a venda não tem impactos negativos ou tem impactos menores do que teria a nacionalização, a nossa opção será, naturalmente, pela venda”, assegurou a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa na entrevista publicada este domingo no Diário de Notícias.

As palavras da ministra aconteceram poucos dias depois de o parlamento chumbar, com os votos do PS, PSD e CDS, propostas de resolução do BE e do PCP que pretendiam garantir a continuação do Novo Banco na esfera pública.

Num sentido mais lato, referindo-se à banca em Portugal, Maria Manuel Leitão Marques considerou que os diversos casos estão a ser resolvidos com “atraso”, pois deveriam ter sido solucionados há já alguns anos, quando outros países, como a Espanha, o fizeram.

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“Estamos a resolver tudo com atraso”, sustentou.

No caso das parcerias público-privadas (PPP) na área da saúde, a ministra afirmou que “o Governo assumirá a melhor solução que garanta a qualidade do serviço e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”.

“Para já, não quer dizer que as parcerias tenham de ser aprovadas no Parlamento, porque se não forem aprovadas por decreto-lei, serão uma decisão política do governo”, assegurou a ministra.

Na entrevista ao Diário de Notícias, a ministra da Presidência referiu-se a muitos outros assuntos, incluindo o da precariedade.

Maria Manuel Leitão Marques admitiu que no caso dos vínculos contratuais para os precários da função pública “há constrangimentos orçamentais”.

Assegurou contudo que se uma pessoa estiver a cumprir uma necessidade permanente, é preciso abrir um posto de trabalho permanente.