Carlos Boto revelou que a doDOC já tem objetivos bem definidos para 2017. “Para este ano a nossa prioridade é crescer e assegurar a continuação de fecho de contratos com grandes empresas farmacêuticas, sendo que o nosso foco continua a ser as grandes multinacionais representativas de toda a indústria, e até ao fim do ano contamos fechar contratos com seis dessas grandes multinacionais”, contou um dos fundadores da startup dedicada à gestão documental e criação de documentos.

No entanto, a doDOC quer crescer tanto no setor farmacêutico, como para fora dessa área de negócio. “Sabemos que do ponto de vista tecnológico e dos problemas existentes a nossa solução é aplicável a muitos outros sectores industriais, contextos que estamos ativamente a estudar e avaliar para entrarmos noutros setores industriais”, declarou. Muito embora não tenha avançado em que áreas querem apostar, Carlos Boto afirmou que o enfoque será apresentar propostas a multinacionais portuguesas com necessidades similares às da indústria farmacêutica.

A doDOC é especializada em soluções empresariais que permitam a automatização de todos os passos da formatação do conteúdo dos documentos, de forma a rentabilizar o trabalho e a diminuir o tempo gasto com pormenores não relacionados com o conteúdo dos textos em si.

Crescer nos dois lados do Atlântico

Desde 2015 que a doDOC faz parte da comunidade Techstars, uma aceleradora de startups de Boston que tem possibilitado a apresentação das soluções tecnológicas da empresa portuguesa em terras americanas. Afinal, lembrou Carlos Boto, esta plataforma “abre portas” a uma comunidade de mais de 8 mil pessoas que engloba não só empreendedores, mas também mentores, investidores e potenciais clientes.

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Para este ano, a aposta no mercado americano mantém-se, mas os horizontes devem ser alargados para o lado de cá do Atlântico. Isto porque a doDOC foi selecionada em 2016 pelo European Institute for Innovation and Technology (EIT) Health – que agrega representantes das maiores farmacêuticas e das mais prestigiadas instituições de investigação e desenvolvimento na área da saúde – como “uma das empresas mais promissoras do ponto de vista tecnológico”, contou o cofundador, admitindo que esta distinção vem alicerçar a “forte aposta” que também pretendem fazer no mercado europeu e, enfatizou, o EIT Health é “o parceiro ideal de contacto com farmacêuticas e outras entidades na Europa”.

Web Summit: Ponto de contacto para novos parceiros

A sustentação dos objetivos da doDOC para 2017 foi muito alicerçada pela participação na Web Summit. Apesar de não serem focados em soluções para o consumidor final, os fundadores da doDOC apostaram nos encontros bilaterais com representantes das multinacionais farmacêuticas presentes no encontro e, reconheceu Carlos Boto, foram realizados “contactos interessantes do ponto de vista do investimento”, inclusive com empresas portuguesas.

A estratégia seguida revelou-se particularmente eficaz e o cofundador admite que será novamente repetida em novembro, na próxima edição do encontro. “Contamos participar em reuniões bilaterais com algumas entidades que vão viajar até Lisboa para participar no evento”, afirmou Carlos Boto que acredita ser esta a melhor forma de potenciar um diálogo mais produtivos com futuros parceiros e clientes.

Aliás, a doDOC também participou recentemente no encontro promovido pela Microsoft e pela Embaixada dos Estados Unidos da América com o fundo de investimento Bain Capital, uma das maiores firmas de investimento privado que gere atualmente assets no valor de 75 mil milhões de dólares.

Segundo Carlos Boto, o trabalho em conjunto com a Microsoft tem sido fundamental para possibilitar que a “inovação tecnológica” produzida pela startup de Coimbra “seja disponibilizada aos clientes empresariais” da subsidiária portuguesa da gigante de Redmond.