Filipe Gil Gonçalves, acusado do homicídio do ex-deputado do CDS-PP/Madeira Carlos Morgado, foi esta quarta-feira condenado a 22 anos de prisão, enquanto à companheira do arguido foi aplicada uma pena de seis anos, apenas por roubo e profanação de cadáver. O arguido, um eletricista de 34 anos, e a companheira, de 25 anos, foram julgados pelo tribunal da Comarca da Madeira pela prática dos crimes de homicídio qualificado, por especial perversidade, roubo e profanação de cadáver do ex-deputado centrista madeirense.

Apenas o homem, que, segundo o Expresso, é identificado como Filipe Gil Gonçalves, foi condenado pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada e consumada, tendo o tribunal considerado que não ficou provada a participação da arguida na morte do ex-deputado, absolvendo-a com base no princípio de in dubio pro reo (na dúvida, a favor do réu). A mulher foi condenada, em cúmulo jurídico, pelos crimes de roubo e profanação de cadáver a seis anos de prisão. A família do ex-deputado, contudo, segundo o Expresso, já anunciou que vai recorrer da pena aplicada à mulher.

O corpo do ex-deputado do CDS na Assembleia Legislativa da Madeira, Carlos Morgado, esteve desaparecido durante mais de um mês em março de 2015, acabando por ser encontrado morto, enterrado num terreno baldio na freguesia do Imaculado Coração de Maria, no Funchal. O cadáver tinha sido esquartejado e enterrado depois num quintal de uma zona residencial.

Carlos Morgado ocupou o lugar de deputado na Assembleia Legislativa da Madeira em substituição de José Manuel Rodrigues, quando este foi eleito para a Assembleia da República. Era professor aposentado e residia na Ribeira Brava, Madeira. Foi dado como desaparecido desde o final de fevereiro de 2015 e acabou por ser encontrado morto e esquartejado em março desse ano.

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