O Festival de Cinema de Berlim começa esta quinta-feira com a estreia do filme “Django”, sobre o guitarrista Django Reinhardt, mas ao longo dos próximos dias haverá cinema português em competição e selecionado para várias secções. Este é um ano de maior divulgação do cinema português, com cinco filmes na competição oficial, mas também de anunciada contestação por parte de alguns realizadores, produtores e promotores por causa de uma alteração da lei do cinema e audiovisual.

A competição de longas-metragens integra “Colo”, de Teresa Villaverde, e “Joaquim”, do cineasta brasileiro Marcelo Gomes e com coprodução portuguesa. Já a competição de curtas-metragens integra os filmes “Altas cidades de ossadas”, de João Salaviza, “Os humores artificiais”, de Gabriel Abrantes, “Coup de Grâce”, de Salomé Lamas, e “Cidade Pequena”, de Diogo Costa Amarante.

O momento de visibilidade do cinema português em Berlim será aproveitado por profissionais de 11 associações e entidades portuguesas para contestar, a nível internacional, uma alteração à lei do cinema e audiovisual protagonizada pela tutela e que ainda não entrou em vigor. O motivo é uma contestação ao modelo de escolha dos júris dos concursos de apoio financeiros e uma crítica às competências do Instituto do Cinema e Audiovisual e da Secção Especializada do Cinema e Audiovisual nessa matéria.

Noutras secções do festival, “Vazante”, a primeira longa-metragem da realizadora brasileira Daniela Thomas, coproduzida por Portugal, abre o programa Panorama, enquanto Filipa César estará com “Spell Reel” no Fórum. No programa Generation KPlus estará o filme de animação “Odd é um ovo”, de Kristin Ulseth, coproduzido por Luís da Matta Almeida.

Até ao dia 19, o Festival de Berlim contará com cerca de 400 filmes, entre os quais vão estar trabalhos de realizadores como Sally Potter, Aki Kaurismaki, Danny Boyle, Fernando Trueba, Hong Sangsoo e Oren Moverman. O júri será presidido pelo realizador holandês Paul Verhoeven.

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