A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Fundação AIP formalizaram esta sexta-feira, em Coimbra, um protocolo de cooperação para potenciar “o desenvolvimento e a atratividade dos municípios” através de ações conjuntas, valorizando o tecido empresarial.

As duas entidades pretendem também “valorizar as relações económicas, culturais e institucionais e a cooperação internacional”, conforme foi sublinhado na sessão de formalização do acordo, na sede da ANMP, pelos presidentes da associação, Manuel Machado, e da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos.

Para iniciarem esta colaboração e para “reforçarem os mecanismos de aproximação eficazes” entre si, as duas instituições vão “partilhar informação útil e identificar iniciativas e ações conjuntas de interesse mútuo”, no sentido de reforçarem a “cooperação institucional, cultural, social, económica e internacional, nomeadamente na CPLP e na América Latina”, lê-se no documento.

Este protocolo “abre um grande potencial para todas as partes”, disse o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, que participou na sessão e foi “o catalisador do encontro e desta aproximação” entre a ANMP e a Fundação AIP, segundo sublinhou Rocha de Matos.

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“Hoje, os municípios têm competências muito alargadas, que vão muito além do clássico que era a gestão e ordenamento do território”, afirmou José Mendes, referindo que intervêm “na educação, na saúde, na segurança social, na habitação e também na área da economia”.

José Mendes disse que os municípios tornaram-se, de certo modo, “promotores da atividade económica, na perspetiva de que isso gera dinâmica e emprego no município”, pelo que considerou fazer todo o sentido que cooperem e articulem a sua ação com o mundo empresarial.

Esta oportunidade é, por isso, “importante”, tem “um grande potencial” e “é bom que se faça a partir da ANMP, que tem capacidade para fazer passar a mensagem aos diferentes municípios”, acrescentou o secretário de Estado, que falava aos jornalistas à margem da sessão.

Nas missões empresariais a outros países é “comum verem-se empresas, já se começa a ver o setor do conhecimento, as universidades, mas vê-se ainda pouco o mundo autárquico”, notou o governante.

José Mendes disse que seria importante que a tradição das geminações entre localidades e municípios de diferentes países, baseada essencialmente em aspetos culturais, alargasse “esse perímetro de cooperação”, de modo a que “pudesse também incluir a atividade económica” ou “a atração de talento”, entre outros aspetos. “O objetivo é desenvolver o país”, sintetizou Rocha de Matos.

Com “este instrumento pretendemos que, em parceria com a ANMP e com os municípios”, considerados caso a caso, em função de áreas geográficas e de atividades, entre outros fatores, se adote “um modelo organizacional moderno e eficaz que gira bem todas as diferentes problemáticas”, explicou Rocha de Matos.

Quando isso acontecer, “significa que estamos a prestar um melhor serviço aos cidadãos e também a tornar o país mais competitivo para as nossas ações no quadro empresarial”, acrescentou o presidente da Fundação AIP.

Para Manuel Machado, o protocolo é uma forma de os municípios se ajudarem e ajudarem as entidades com que se relacionam.