Foram considerados heróis, mas por pouco tempo. Os dois polícias italianos que mataram o autor do atentado ao mercado de natal em Berlim, em dezembro do ano passado, iam ser condecorados pelo governo alemão pelo ato considerado “heróico”. No entanto, a simpatia assumida por políticas de extrema-direita anularam a homenagem a Cristian Movio, de 36 anos, e Luca Scatà, de 29 anos.

Os dois polícias receberam elogios de políticos e anónimos, incluindo da própria Angela Merkel, que agradeceu a ação dos dois italianos. O ministro do interior italiano, Marco Minniti, fez mesmo questão de classificar o ato como “heroico e exemplar”.

Cristian Movio e Luca Scatà sempre assumiram publicamente a sua simpatia por ideais fascistas. Nas redes sociais ambos divulgavam com frequência imagens e frases afetas a Mossulini e Hitler.

“A decisão do governo federal em não dar condecoração a estes polícias é absolutamente correta, por causa da sua atitude neo-fascista”, afirmou o político alemão Stephan Mayer, que aplaudiu a atitude do governo em voltar atrás.

A situação está a causar tantas ondas de choque que os dois polícias italianos já tiveram inclusive de ser transferidos para outras localidades, não identificadas,com o objetivo de os proteger. Essa medida, de acordo com a imprensa italiana, está igualmente a causar muita contestação.

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