O Estado Islâmico poderá estar a planear uma nova onda de destruição na antiga cidade de Palmira, um dos locais históricos mais importantes da Síria, de acordo com um comunicado emitido esta segunda-feira pelo Ministério da Defesa russo.

“Detetámos um ressurgimento na movimentações da camiões perto da antiga cidade”, refere a nota, citada pela CNN. “Isto indica que o Estado Islâmico quer levar explosivos para conseguir provocar o máximo dano às relíquias arquitetónicas que restam”, adiantou ainda o Ministério.

A cidade histórica foi conquistada por militantes do Estado Islâmico em julho de 2015, permanecendo ocupada durante mais de um ano. Durante esse período, os jihadistas destruíram vários monumentos históricos importantes. Em dezembro do ano passado, cerca de nove meses depois de os extremistas terem perdido o controlo da cidade, parte de Palmira foi novamente conquistada. Em janeiro, os jihadistas voltaram ao ataque, destruindo parte do anfiteatro da cidade.

Com vestígios arqueológicos que remontam ao Neolítico, Palmira é um dos locais históricos mais importantes da Síria. Depois de ser conquistada pelos romanos no século I, a cidade tornando-se num importante centro cultural e num ponto de encontro das caravanas da Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria. Foi considerada Património da Humanidade em 1980 pela UNESCO e sua destruição representa, por isso, um crime.

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