Afinal, Mike Flynn não terá discutido o levantamento de sanções com o embaixador russo em Washington, avança a Reuters, que cita fonte do Kremlin. A informação vem assim desmentir as notícias que davam conta de uma reunião entre Conselheiro para a Segurança Nacional e Sergey Kislyak antes de Flynn ter assumido o cargo.

Pouco antes do fim do mandato, a administração de Barack Obama impôs sanções à Rússia pela utilização da hackers com o objetivo de interferir nas eleições presidenciais norte-americanas. De acordo com um relatório divulgado no início de janeiro, encomendado por Obama, Vladimir Putin terá ordenado a espionagem dos emails do Comité Nacional do Partido Democrata e de vários membros do partido, incluindo do diretor da campanha de Hillary Clinton, tornando públicas várias informações através de sites como o WikiLeaks.

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Foi nessa altura que Michael Flynn terá tido uma reunião privada com Sergey Kislyak e discutido o levantamento das sanções, que tinham então sido anunciadas por Obama. Segundo o Washington Post, que avançou com a história, este terá sido, aliás, um de vários encontros que os dois representantes terão tido desde as eleições de 8 de novembro, e que se prolongaram pelo período de transição governamental.

Numa entrevista recente, Kislyak admitiu ter estado em contacto com o Conselheiro para a Segurança Nacional mas negou ter discutido a questão das sanções. A notícia foi também negada pelo próprio Flynn, pelo vice-presidente norte-americano Mike Pence e pelo próprio porta-voz da Casa Branca. Apesar disso, várias fontes deram conta do contrário — ao Washington Post e a outros órgãos de comunicação. Fonte oficial confirmou à CNBC que Michael Flynn tinha, de facto, discutido a questão das sanções com Kislyak, mostrando-se surpreso por Conselheiro ter desmentido o caso.

De acordo com o Washington Post, a situação está a ser investigada pelo FBI.