O Banco Mundial vai desembolsar 16 mil milhões de meticais (216 milhões de euros) para um projeto de desenvolvimento rural Integrado e Inclusivo em Moçambique, anunciou o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, citado esta quarta-feira pela imprensa local. Celso Correia, que falava na noite de terça-feira, à margem de uma sessão do Conselho de Ministros em Maputo, disse que o projeto, intitulado “Sustenta”, visa incentivar a produção agrária nos pequenos agricultores e vai beneficiar mais de 700 mil pessoas.

“O acesso a essas condições [financiamentos] irá permitir o aumento do rendimento das famílias rurais, através da produtividade e acesso aos mercados”, afirmou o governante, que classifica o projeto como “extremamente ambicioso”. Numa fase inicial, o projeto vai abranger as províncias da Zambézia, no centro do país, e Nampula, no norte, criando um mecanismo de financiamento em insumos às comunidades sem taxas de juro.

Durante a aplicação desta fase, o Governo moçambicano prevê ainda a revitalização de cerca de 240 hectares de regadio, bem como a reabilitação de infraestruturas importantes para a prática agrícola nestas duas províncias. “A nossa expetativa é que este investimento nas famílias possa trazer resultados mais acelerados no combate à pobreza”, concluiu o ministro, avançando que o projeto vai ser lançado oficialmente na sexta-feira, em Nampula.

Como forma de resistir aos altos índices de pobreza e à desnutrição crónica, a maior parte da população moçambicana, que vive em zonas rurais, recorre à agricultura de subsistência como único meio de sobrevivência. O Governo moçambicano, que definiu a agricultura como a base da economia moçambicana, tem apontado a industrialização do setor como um dos principais desafios.

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