O Lone Star, o fundo escolhido pelo Banco de Portugal para gerir o Novo Banco, convidou um conjunto de empresas portuguesas para investirem no banco, escreve esta quarta-feira o Público. Segundo o jornal, o grupo Amorim, a Sonae, a Jerónimo Martins e o grupo Violas receberam um convite formal, por carta, para se associarem ao fundo norte-americano no capital do Novo Banco.

O convite terá sido dirigido pelo menos a cinco grandes grupos empresariais portugueses e serve para cumprir um dos objetivos do Lone Star para o banco: a dispersão em bolsa de, pelo menos, uma parte do capital, como recorda o Público. As cartas enviadas aos grupos portugueses, que o Lone Star quer ter como parceiros na gestão do Novo Banco, incluem a descrição de alguns dos detalhes do plano de investimento no banco, que pode necessitar de até três milhões de euros de investimento num futuro próximo.

Segundo o Jornal de Negócios, que teve acesso ao documento, a carta serviu para desafiar “potenciais co-investidores a considerarem participar, juntamente com a Lone Star, no controlo de longo prazo do Novo Banco e, desta forma, partilhar dos benefícios resultantes da recapitalização e da reestruturação previstas”. A ideia do fundo norte-americano é garantir que o Novo Banco consegue “mais de 6.000 milhões de novos créditos por ano a clientes portugueses, incluindo 4.000 milhões a empresas e PME”.

Na carta, citada pelo Negócios, o fundo garante que vai “manter-se acionista do Novo Banco por vários anos”, sublinhando que “as experiências anteriores na reestruturação de bancos mostraram que estes processos podem levar entre cinco a dez anos”. Além disso, o Lone Star compromete-se a vender as operações internacionais do Novo Banco para rentabilizar a instituição, deixando apenas as operações em Espanha, um mercado “crucial” para “servir e apoiar os clientes portugueses num dos seus principais mercados de exportação”.

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