Pelo menos 40 salas de aulas e três hospitais ficaram destruídos devido a chuvas intensas que se registam desde janeiro em Manica, centro de Moçambique, e que deixaram 573 famílias ao relento, disse esta quinta-feira à Lusa fonte estatal.

Dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Manica indicam que cerca de mil alunos estão sem aulas, devido à destruição de salas de aula, milhares de pessoas estão privadas de assistência medica e medicamentosa, em consequência da destruição de hospitais em Machaze e Tambara, e o desabamento de dezenas de casas deixou ao relento milhares de pessoas, parte das quais vive debaixo de árvores.

“Relativamente a casas desabadas, escolas e hospitais, foi mobilizada uma equipa do governo, que está a fazer o levantamento”, disse à Lusa Cremildo Quembo, porta-voz do INGC em Manica.

O governo, através do INGC, prosseguiu a fonte, enviou lonas plásticas e ‘kits’ de abrigo, incluindo ‘kits’ familiares para assistir 1.500 pessoas severamente afetadas, cobrindo perto de 300 famílias num universo de 573 atingidas pelas intempéries naquela região.

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Além de ter ativado todos os Comités de Gestão de risco, para a monitorização dos efeitos das calamidades, o INGC assegura que estão aprovisionados víveres alimentares e ‘kits’ de abrigos para fazer face ao plano de emergência para esta época de chuvas.

Face às previsões da Administração Regional de Águas do Centro (ARA-Centro), que alerta para o risco de travessia de rios com corrente de água, o INGC enviou uma embarcação para Dombe, no distrito de Sussundenga.

O INGC está igualmente a mobilizar a população para que deixe zonas propensas a cheias e inundações ao longo de cursos de rios, incluindo nas planícies e a não arriscar na travessia dos rios.

“O apelo que deixamos para as populações que estão nas zonas propensas a inundações é que evitem atravessar os leitos, usem todas as medidas de prevenção instruídas pelos Comités de Gestão de risco, retirem-se das zonas inseguras e retirem os equipamentos agrícolas nas zonas ribeirinhas e tomem precaução das inundações localizadas”, concluiu.