O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou hoje como um “erro grave” a decisão dos EUA de bloquear a nomeação do ex-primeiro-ministro palestiniano como enviado da ONU na Líbia.

Na semana passada, os EUA manifestaram a sua oposição à escolha de Salam Fayyad, que foi primeiro-ministro palestiniano entre 2007 e 2013, como enviado da ONU para Líbia, bloqueando a nomeação que se torna praticamente impossível sem a ‘luz verde’ do Conselho de Segurança.

“Acredito que é essencial que todos entendam que as pessoas que estão ao serviço das Nações Unidas estão a servir as suas capacidades pessoais. Elas não representam um país ou um governo”, afirmou o secretário-geral da ONU na Conferência de Segurança de Munique.

Guterres disse ainda que Fayyad “era a pessoa certa no lugar certo no momento certo”.

Desde 2011, quando Kadafi foi assassinado, que a Líbia vive em clima de agitação social.

Na semana passada, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou que o seu país estava “dececionado” com a opção do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o cargo e mostrou a sua frontal oposição.

“Durante demasiado tempo a ONU foi injustamente parcial a favor da Autoridade Palestiniana em detrimento dos nossos aliados em Israel”, disse a diplomata, na altura.

Nikki Haley recordou que Washington “não reconhece atualmente um Estado palestiniano e não apoia o sinal que esta nomeação enviaria no seio das Nações Unidas”.

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