O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, garante que o Governo norte-americano vai continuar a apoiar a NATO. Durante a primeira visita à Europa desde que assumiu o cargo dos Estados Unidos da América, Pence fez questão de tranquilizar os líderes europeus presentes na Conferência de Segurança de Munique, “em nome do Presidente Trump”, afirmando que “os Estados Unidos da América apoiam a NATO e que vão permanecer inabaláveis no seu compromisso para com esta aliança transatlântica”.

Durante a campanha norte-americana, Donald Trump dirigiu em vários momentos fortes críticas à organização, descrevendo-a como “obsoleta”. Mas Mike Pence garante que desde que a NATO “mantenha a fé” nos Estados Unidos, os Estados Unidos irão manter a fé na NATO.

“Os destinos dos Estados Unidos e da Europa estão interligados. As vossas lutas são as nossas lutas. O vosso sucesso é o nosso sucesso. E, em última análise, caminhamos em conjunto em direção ao futuro”, afirmou durante a Conferência de Segurança de Munique, citado pela CNN. Salientando os laços históricos dos dois continentes, o vice-Presidente norte-americano disse ainda que Trump planeia fortalecer os laços com a Europa e aumentar o investimento na área da segurança nos Estados Unidos.

Apesar das garantias, Pence deixou um aviso: “Chegou a altura de fazer mais”. Sem nunca referir nomes, Mike Pence queixou-se de que nem todos os aliados contribuem de igual modo para o financiamento da NATO. “Neste momento, apenas os Estados Unidos e outros quatro membros da NATO satisfazem os requisitos básicos”, disse, citado pelo The Guardian, que explica que esses quatro países são o Reino Unido, a Estónia, a Grécia e a Polónia. Os restantes membros da NATO, Portugal incluído, não gastam 2% do Produto Interno Bruto na Defesa, como seria suposto.

Sobre a Rússia, Pence afirmou que o país será responsabilizado pelas suas ações, apesar de Donald Trump acreditar que as duas nações podem chegar a um acordo mútuo. “Saibam isto: os Estados Unidos vão continuar a responsabilizar a Rússia, mesmo enquanto continuamos a procurar novos pontos em comum, o que o Presidente Trump crê ser possível”, disse.